um litro, um século, uma vida
o signo sob medida
que nunca escrevi
onde cabem, em que desvão
com quem estarão
as conquistas que não consegui
em linhas, em vão, tentando me afirmar
sendo pleno, todo e assim mesmo falso
com palavras que só servem pra sentir
se sentir, com esses símbolos me bastasse
se eu da guerra nunca me esquivasse
seria mais uma palavra, mas não feliz
balde, tempo, humanidade
palavras-recipiente pra guardar o que não cabe
em forma alguma de existir
Sobre o que não se pode falar deve-se calar, dizia o bom e velho Wittgenstein. Mas eu quero falar. Quero ter o que não é meu. Não importa como expresso. Não me importo como soa esse infortúnio. Ouvindo Beatriz do Chico, fica a pergunta: Será? Tirando o mundo, uma palavra ainda ecoa na minha cabeça: ( ) palavras...
E se a mosca saiu do vidro e não percebeu que está presa num outro? Um recipiente ainda maior...
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A verdade dói, mas quem sabe eu ñ sou masoquista? Diz aí:
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