Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

sábado, 12 de maio de 2007

Vamos na travessia tomar sol, cerveja e cortar o cabelo?

Ontem a noite passou o filme Machuca na TV Cultura. Chorei feito criança, o que não é novidade quando vejo filmes. Apesar de algumas críticas negativas, o filme pra mim foi catártico, e acho que Aristóteles também ia gostar. Não tem jeito, minha emoção pensa melhor que a razão. Mas voltando, o longa do diretor Andres Wood é bem bonito. Se passa no Chile, na década de 70, onde uma amizade sincera entre duas crianças brota no meio de uma guerra de classes. O contexto é o fim do Governo Allende tomado pelo golpe militar de Pinochet, e aí você já sabe, direita contra esquerda, maniqueísmo, estereótipos e leite condensado.
Eu não sei como se resolve o problema social no mundo, mas certamente não é emprestando tênis adidas, bicicleta e livros pros pobres, e tudo com musiquinha mole pra pessoas como eu chorarem e sentirem como é bela uma amizade verdadeira. Infelizmente a guerra de classes sociais retratada (leia-se ricos vs. pobres) ainda é vista por baixo de nossos narizes latino-americanos. E no fim, fiquei ainda mais sem esperanças. Certamente o Machucado é mais embaixo, mas que o filme é bonito, é...

Curiosamente depois do filme, passou um debate sobre cotas pra negros nas universidades públicas (tudo a ver com o filme não é!). Concordo que as cotas vão institucionalizar um conceito preconceituoso e ultrapassado, qual seja, o de raças. Mas a crítica feita pelos que são contra elas é um apelo ao futuro (Professor Saulo que o diga). É que se cumpra a constituição – direito à ensino de qualidade pra todos. Isso é só uma lei que nunca foi realizada na prática e me digam quando será?

Ah... a política!

Hoje à tarde não cortei a cabeleira , não tomei sol e muito menos cerveja. Apesar de ter feito esse emocionado apelo pra uns amigos do msn, ninguém topou. O que fiz? Ouvi Mundo Livre S/A e estou baixando ansiosamente a música que eles fizeram pro atirador sanguinário da Universidade Virginia Tech. Saca o nome da música: “Cho Seung-Hui song”. Em breve digo o que achei...
Sempre de volta à política, né?

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