Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

domingo, 16 de março de 2014

Perdido e pobre, mas ditoso

  E o sol que chama lá fora? É a liberdade acenando e sorrindo: venha ser feliz! É o canto da seria?! Where is my mind?!
 http://www.youtube.com/watch?v=50QE_SN66qY#aid=P6QymzVdD1A
  Eu quase larguei tudo nas ferias ou eu quase fui atrás de tudo que eu queria? No fundo nao fazia diferença, como até agora nao fez. Em qualquer escolha que eu fizesse, eu me arrependeria. Então me mantive firme na indecisão, tal qual o famoso prego no angu. Não parti, nem fiquei. Continuo zumbi. 
  Volto a assistir Walking Dead em breve, pois terminei Lost. (estou sempre lost! rs) O final não me agradou muito não. Mas a série como um todo valeu a pena. Instigante e interessante, valeu o caminho e não o ponto de chegada, como sempre! rs Será que poupando será assim também? É chegada a hora de gastar com cervejas especiais, roupas de marca, aperelhos eletrônicos modernos? Ainda continuo no caminho da frugalidade, mas cada vez mais tentado a aproveitar o hoje, de preferencia sem o detrimento do amanhã.
  De lost alguns episódios foram sensacionais, como o The Constant (S4E5).  Um site legal: http://dudewearelost.blogspot.com.br/ E esse com os livros citados: http://pt.lost.wikia.com/wiki/Livros qual será que comprarei primeiro? Estou bem interessado no Watership Down. Mas tem varios que estou querendo no momento: mais do Giannette, do Constantino, Borges, etc... Ler está sendo cada vez um prazer maior. Quanta bobagem escrevo perto das coisas tão legais que leio. Ah, tem as ideias de roteiros! Segura aí (rs): Hoje pensei no cara que dá um golpe na mulher, sumindo com toda a grana que ela tinha. A conta era só dela, então o banco tem que indenizá-la, já que ele nao podia ter acesso a nada. Ela recupera o dinheiro e depois de um tempo, pra nao levantar suspeitas se encotra com ele. Foi tudo uma bela e intrincada armação. O outro é do segurança de carro forte que rouba um carro com alguns milhões! E tem o da viagem espacial estilo adão e eva, onde um grupo vai se reproduzindo por longas décadas enquanto a viagem é feita. Algumas gerações à frente e só um casal resta perdido no meio do espaço, até que prestes a morrerem, desiludidos e perdidos - pois nao queriam estar ali, a eterna insatisfação de estar vivo, num lugar que vc nao queria estar, obrigado a fazer coisas que seus antepassados fizeram - encontram um planeta: estranhamente azul! rs
  Eu nao ia escrever nada hoje, só vim aqui em casa (Pedro Ribeiro, 686) buscar o notebook que ontem deixei baixando a quadrilogia Resident Evil - o quinto e quiçá o sexto estao sendo downloadados na casa da rapha. Mas já que estou aqui nesse cemitério de ideias e fatos, por que não citar alguns trechos:

Nunca me deixei engambelar por essas baboseiras que nos impingem como fazendo parte da natureza humana. Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias por causa desse dogma babaca, que é tão arraigado que a pessoa, homem e, principalmente, mulher, que está ou é apaixonada por dois, ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenarado, não confessa o que sente nem às paredes, impõ-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéas. É o atraso, o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de lembrar, o limte é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses número são arbitrários, tirânicos e opressores. ... A superstição perniciosa generalizada é que é preciso deletar o anterior, para aceitar o novo. Que pobreza, que pobreza, que pobreza, que atraso! Se a memória aceita, se o perfil confere, se a senha foi dada, roda os dois programas ao mesmo tempo, roda os três, roda os vinte, porra! ... Pag. 151

Não. Minto. Minto. Aliás, mente-se sempre, mesmo quando não se tem nenhuma intenção. Mente-se, mente-se o tempo todo e, que me desculpem a filosofia barata, a vida é uma mentira impenitente, renitente e resistente, e o único problema filosófico de fato é o suicídio. Estou pernóstica hoje, mas não minto sobre isso, ao contrário de praticamente todo mundo. The world is but a stage, não é assim que está no Hamlet? The world is but a stage, e eu, que não me considero melhor do que ninguém ─ mentira, mentira, me considero, claro que me considero, vamos ser democratas mas não vamos achar que todo mundo é igualmente dotado, porque não é ─, estou desempenhando meu papel com um mínimo absoluto de veadagem psicanalítica, até porque considero Freud, além de mau-caráter, o gênio mais desperdiçado da História depois de Platão, aquele filho da puta, responsável pelo tascismo tecnocrata da República, babaca, devia ser castigado com uma encarnação perpétua como Ministro da Administração do Brasil. Babaca, eu não posso ler A República sem ficar com vontade de ir lá e esculhambar Sócrates, aquele veado sebento ─ isso era o que ele era, um veado sebento e burro, que não comeu Alcibíades, ora homem, creia, não comer Alcibíades, quem era ele para não comer Alcibíades, quando qualquer um de nós comeria? E que pentelho inominável, o que ele enche o saco do coitado daquele escravo no banquete deixa a pessoa nervosa só de pensar em conviver com ele, Bernard Shaw tinha razão mataram ele porque ninguém conseguia suportar sua presença encardidinha, perguntadeira, petulante e impertinente, devia ter mau hálito, Alcibíades precisa ser desagravado e viva Xantipa, grande mártir Xantipa. E, quanto a Freud, deixou essa herança desarvorada de falantes nebulosos e nervosos, que praticam seitas obscuras e dedicam as vidas à infelicidade palavrosa. Nunca provaram efetivamente nada e nunca geraram nada de aproveitável além de uns dois filmes de Woody Allen, mas estão aí para ficar, sempre estarão, como as cartomantes e videntes e conselheiros sentimentais. Ouvido de aluguel sempre teve um grande mercado, a Igreja tem sacadas geniais, vamos reconhecer, a confissão auricular foi uma delas. Freud não chegou a substituir isso, nunca será suficiente e, além do mais, não se pode perdoar o progenitor do maior acúmulo de asnices labirínticas jamais despejado sobre a Humanidade e de bichas francesas que não entendem o que elas próprias escrevem e de alemães que acham que, pelo fato de terem palavras para designar condições, atos e situações que os outros não têm, entendem mais dessas coisas, um perfeito non sequitur, nada a ver o cu com as calças, alemão só entende de alemão, Weltschmerz é a puta que pariu Goethe, com quem, aliás, eu simpatizo, era um fodelão e morreu um velho safado, como devem ser todos os velhos, em vez de engolirem calados os papéis que os mais jovens, não se contentando em ser mais jovens, lhes impõem. Pag. 141

E as pessoas lêem romances, biografias, confissões e memórias porque querem saber se as outras pessoas são como elas. Não somente por isso, mas muito por isso. Querem saber se aquilo de vergonhoso que sentem é também sentido por outros, querem olhar mesmo pelo buraco da fechadura e, quanto mais olham, mais precisam olhar, nunca estarão saciadas. Faz bem, é reconfortante. Porque eu tenho a convicção de que a maior parte das mulheres e homens é como eu e pensa que não, cada um pensa que é único em suas maluquices. Não é, não, somos todos iguais. Vai ter muita gente que vai ler isso e vai discordar e de novo estou com preguiça de argumentar. Largue este texto, então, não perca seu tempo. Não largou? Não largou, claro, chegou até aqui. Não é para largar. A intenção do buraco da fechadura é a primeira. A segunda é provocar tesão, quero que quem me ler fique com vontade de fazer sacanagem, pelo menos se masturbando. Se alguém lesse isto no avião e, por causa disso, entrasse numa sessão de sacanagem com o companheiro ao lado, seria uma realização, um accomplishment. Penso principalmente nas mulheres, gostaria que as mulheres, ao tempo em que se tornassem mais ousadas, se tornassem também mais abertas, mais compreensivas, deixassem de ser tão mulheres, por assim dizer. E gostaria de um mundo de sacanagem sem problemas, é dificílimo, mas não é impossível em certos casos. Quero que as mulheres fiquem excitadas, se identifiquem comigo, queiram me comer e comer todo mundo que nunca se permitiram saber que queriam comer, quero criar um clima de luxúria e sofreguidão. De noite, sozinha, isso acontece. às vezes por causa de um drinque, um baseado, uma música, uma foto, uma coisa qualquer que altere ou provoque a consciência. às vezes, aparentemente por nada. Mas todas as mulheres ─ todos os homens, mas agora quero falar de mulheres ─ já sentiram e sentem um momento em que são puramente sexo e pulsam sexo por todos os lados e ficam com medo de si mesmas e se descontrolam e compreendem tudo sobre sexo e querem tudo, é uma sensação avassaladora de absoluta sexualidade, um momento em que a sacanagem toma conta de tudo, e ela se sente fêmea, devassa, puta, ela faria tudo, tudo, ela quer foder, ela quer fazer tudo! Toda mulher que não dá a bunda sente vontade de também dar a bunda nessas horas, toda mulher que nunca deixou gozarem em sua boca sente vontade de chupar um pau até que ele esguiche forte em sua boca, toda mulher assim limitada sai desses limites nessas horas, finge que não tem problemas. Todas iguais. Eu quero excitar essas, quero provocar muitas trepadas, quero que maridos, namorados e pais assustados as proíbam de ler, quero que haja gente com vergonha de ler em público ou mesmo pedir na livraria, ah, como seria bom acompanhar tudo isso. E não estou fazendo nada demais, a não ser contar a verdade. É de fato inacreditável, se você for ver bem, que contar a verdade seja escandaloso, quase subversivo, o atraso, o atraso. Se todo mundo contasse, este depoimento seria apenas mais um entre milhões. Pag. 130

E nenhuma mulher sadia tem nojo de esperma, outra coisa que precisa ser bem esclarecida. Eu li não sei onde que alguns muçulmanos consideram ofensa suprema a mulher cuspir fora o esperma derramado em sua boca por seu homem. Eu concordo, é uma selvageria, um sinal de baixa extração, falta de formação, de classe, de cultura, de sofisticação. Cuspir o esperma só é admissível ou quando se quer insultar um homem ou quando se quer pô-lo em seu lugar: você pode ser bom para eu me distrair chupando seu pau, mas não é bom o suficiente para eu engolir sua seiva, me recuso a devorá-lo, não dou às suas células essa intimidade com as minhas. Pag. 99

Provavelmente nunca mais será ouvida a pergunta imortal que um amigo meu escutou, depois de enfrentar galhardamente a primeira com uma portuguesa belíssima, ele que antes estava até com medo de broxar. Ele me contou que, satisfeito e aliviadíssimo, estava fumando o tradicional cigarrinho "post coitum", quando ela olhou para ele e falou: "E ao cu, não me vais?". Fantástico, disse ele; emocionante. E fui-lhe ao cu, disse ele, que maravilha. Imagine aqui no Brasil, uma mulher fazer uma pergunta dessas, não faz.  43

Quanta mulher não comeu o homem que quis, apenas porque ele não podia recusar uma mulher? Uma mulher se tranca com um homem num quarto e diz que ele vai comer ela. Ele tem que comer, a não ser que ela seja o Corcunda de Nôtre Dame. Ate mesmo recusar uma mulher obedece a normas, porque é estabelecido o direito de ela se ofender, se a recusa for fora das normas. Por exemplo, "você é feia, e eu não vou lhe comer", não se diz uma coisa dessas a uma mulher. Para não fazer uma inimiga mortal, o recusador tem que ser artista. Já a mulher pode recusar perfeitamente e mesmo nos piores termos - "você nunca, tá?" -, as mulheres sabem do que estou falando, sou uma feminista esclarecida-progressista, sou um grande homem-fêmea. Pag. 67

  Trechos extraídos do grande livro de João Ubaldo Ribeiro, A casa dos budas ditosos. Deus sabe como eu ri, me excitei, pensei e me emocionei com esse livro! Falando nisso, reencontrei o Sívio K. da saudosa comunidade B & H nos becos da internet. Ele continua escrevendo de forma impagável sobre mulheres e investimentos em seu blog: http://vidaruimdepobre.blogspot.com.br/ Segue um belo trecho do post do balanço 2013 e metas pra 2014, quesito Sexo e Mulheres: 

Continuarei com minha estratégia de sair para lugares de baixo a baixo-médio sócio econômico que vem dando certo. Estou com graves dificuldades com mulheres bonitas, gatas, novas (16 a 21) e tops gostosas em que minha chance é nula nas minhas interações porém com as feias cheinhas, magras morenas medianas pobres, pobres medianas e medianas classe média-baixa estou tendo uma taxa de sucesso ou de poder de barganha que está me surpreendendo. Eu não notei isso mas minha idade já está ficando naquela idade de que chama a atenção das mulheres e meu biotipo apesar de feio tem apelo com certo nicho de mulheres. Esse trunfo eu vou continuar usando para garantir beijos na boca e treinos de cantadas, abordagens e sexo para tentar ir subindo rumo as tops.
A grande questão é que para eu poder subir ao nível das novinhas gatas gostosas e das tops panicats o fato de eu não ter carro (e carro bom), ter um corpo fraco fisicamente, não ter roupas fodonas e ter um rosto que necessita de várias melhorias me faz ter uma barreira difícil de bater apenas com a coragem que ando tendo e personalidade. Mas já é começo concordam?
A meta de mulheres comidas este ano de 2014 será de 16 (não importa putas ou civis).

Não sei se rio, choro, 
me solidarizo ou deploro.

  Sem dúvida um retrato de nosso tempo. De nossos valores. De como eu fui, de como talvez você ainda seja. Espero que não. Tenho que pensar nisso ainda. Lendo o valor do amanhã, o blog do pobretão e os artigos do instituto Mises, chegarei a alguma conclusão pra minha nada mole vida?

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A verdade dói, mas quem sabe eu ñ sou masoquista? Diz aí:

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