Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O mago, com tulipa cheia, sara


Findo o UBIK, agora estou me deliciando com as Intermitências da morte do Saramago. Tem a trabalhosa e edificante academia, com seus pesos diuturnamente erguidos e abaixados, sem paz, para a fortificação da rapaziada. É chato a cada início, mas, como algumas coisas na vida em que se persevera, sai-se com a sensação de bem estar, um alivio do corpo que, sabe-se lá por quais caminhos, chega e pacifica uma mente torturada pela vidinha que se vai vivendo por cá. Tem o gis no taco, que deixou na boca melante um gosto de língua no céu... O bom do beijo interminável, aquela sensação tão procurada. Tem o caixa e uma amistosa relação com a Rayssinha. Tem as açoes demasiadamente oscilantes: bbse3, ambv3, etc... To pensando em ir vendendo tudo e colocar na renda fixa, mas sei não... To ficando velho e conservador, já? Velho certamente, vide essa procura pelo risco, esse apetite da juventide que invade meus velhos lábios: 

Na expectativa de que o inesquecível aconteça
Na confiança de que o imprevisível permaneça
Talvez com sorte algo invisível apareça

Tem a Tulipação geral no cérebro! Tem a programaçao das férias-bomba, carinhosamente batizada de Outubro ou Nada, embora haja tempo q eu nao ouça o maravilhoso Bidê ou Balde. Hoje fritei quibe de novo, o Antônio continua dopado pelos desenhos animados da tv gigante. Tenho que me esforçar muito mais na educação e na emoção de ser pai. Já que ser filho não deu certo, quem sabe pai dá... Vamos ver, pra mim tudo é dificil, tudo... 

Aliviando a carga das últimas frases soltas, segue aí o verdadeiro motivo de eu ter me sentado aqui, colocar essas linhas que me fizeram rir, lendo. Lendo, imaginando, rindo e vendo sempre um pouco de mim nesses escritos incríveis:

O mesmo se passava com os terapeutas da mente que o ministério da saúde, correndo a imitar as providências terapêuticas da igreja, tinha enviado para auxilio dos mais desesperados. É que não foram poucas as vezes que um psicólogo, no preciso momento em que aconselhava o paciente a deixar sair as lágrimas como sendo a melhor maneira de aliviar a dor que o atormentava, se desfazia em convulsivo choro ao lembrar-se de que também ele poderia ser o destinatário de um sobrescrito idêntico na primeira distribuição postal de amanhã. Acabavam os dois a sessão em desabalado pranto, abraçados pela mesma desgraça, mas pensando o terapeuta da mente que se lhe viesse a suceder uma infelicidade, ainda teria oito dias, cento e noventa e duas horas para viver. Umas orgiazinhas de sexo, droga e álcool, como tinha ouvido dizer que se organizavam, ajudá-lo-iam a passar para o outro mundo, embora correndo o risco de que, lá no assento etéreo onde subiste, se te venham a agravar as saudades deste. 

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A verdade dói, mas quem sabe eu ñ sou masoquista? Diz aí:

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