Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

sábado, 19 de maio de 2007

De que altura as formigas precisam cair pra morrer?

Hoje tem casamento. Vou com minha mãe, minha camisa negra e meu modesto olhar antropológico. Deve ser o terceiro ao qual compareço em minha vida. Não sou muito afeito a tradições, embora pratique muitas sem saber. Vou olhar mais um rito, depois beber e falar mal da tão (de)cantada vida de casado. Sorte pra eles, sorte pra todos nós.
E, eu também tenho uma decisão a tomar. Talvez tão importante quanto a dos noivos, por que não? Mas como eles, só saberei no futuro o peso de minhas escolhas.
Verei o formigueiro por dentro hoje. Tentarei deter as teorias pré-definidas e a lente preconceituosa do olhar. Viva a festa. Somos bons nisso, como também o somos em destruição em massa, chocolate quente e em melancolias intercalantes.

As preciosas palavras passageiras foram escritas ao som de: Pixies e Vivaldi, Megadeth e João Bosco.

Adeus e um lúgubre brinde aos noivos:

De Partida

Vou-me embora
Porque todo dia
É só mais um dia no rol dos dias
E até a lágrima
Queda estagnada de monotonia

Vou-me embora
Pra que o tempo nos cobre em saudade
O que a vida vale,
Pra que o amor seja o que nos distancia
E não o ódio que nos equivale

Vou-me embora
E não quero
Que a nossa tristeza se cale
Que a nossa ferida se cure
E nem que o nosso sangue pare

Vou-me embora
Pra que o espelho não nos compare
Vou-me embora
Pra que seja a vida
Ao invés da morte
O que nos separe.

Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Ouçam, ouçam!!

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A verdade dói, mas quem sabe eu ñ sou masoquista? Diz aí:

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