Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Coffee and Tv

Acordei as 9:00, e depois de um café ligeiro, li dois longos capítulos do livro Como ler um livro. Engraçado não? Não não, é um bom livro, me ajudará muito no combate à ignorância. Almocei, ouvi Peeping Tom e Fantomas, depois me decepcionei com o DVD do Cradle of Filth. Esse tipo de som nunca me agradou mesmo, se ainda fosse umas músicas bem feitinhas, mas é muita pose e pouco som. Já aquelas duas bandas merecem todos os elogios. Mesmo porque possuem o gênio maligno Mike Patton por trás de seu som insano, minimalista e cativante.
Ficando isso pra trás, assisti a partir das 15:00, pela segunda vez o maravilhoso filme de Milos Forman, Amadeus. Incrível, arrebatador, muito bem conduzido. É uma história e tanto sobre um, esse sim, reconhecidamente gênio. Descobri mais uma coisa que quero ser quando crescer: simplesmente Mozart! Vendo o filme e ouvindo a beleza de suas composições até dá pra acreditar num deus altamente musical, que colocou um homem no mundo só pra lhe louvar, Ama a Deus (saca? – mãozinha... hehehehe). Realmente sua música não é daqui, dos céus quem sabe?! O filme é excelente, ganhou várias estatuetas. As atuações são brilhantes, principalmente a de F. Murray Abrahams que conseguiu o Oscar de melhor ator com seu complexo personagem Salieri. Um filme pra ver e rever, chorar a cada nota de Mozart, um sujeito vulgar com uma música nada vulgar. A natureza humana foi bem definida: grandeza, inveja, ira, luxúria. Olha só! Acho que tem os sete pecados capitais no filme e agora é que estou percebendo. Depois disso, foi a vez da minha luxúria!!! Como diz o amigo Zeca: “O melhor da vida é isso e ócio” ( ) Pode não parecer, mas aí dentro cabe tudo que eu e ela fizemos de 18:30 as 20:00. Amor é prosa, sexo é poesia!
A partir das 20:00 entrei na frente da TV e não saí mais. Vi o Recorte Cultural. Percebi que se realmente existe amor, além do próximo (bem próximo) e a mim mesmo, eu amo o Michel Mellamed. Não, ele não, o programa dele. Segundo minha recente teoria, aquela meia hora é típica filha do século XXI. É multi, pluri, poli! Retalhado, as informações se sucedem como cascatas desembocando num mesmo bueiro, no caso, nossas cabeças. Fragmentação é a palavra, entretanto, eu vejo concisão naquele caos. Mas passou, depois veio o jogo: Argentina e México, o futebol bem jogado é um balé vigoroso! Belíssimo de se ver. Nossos hermanos estão jogando muito! E teve a narração divertidíssima do Silvio Luiz.
Acabado o jogo, assisti ao Entrelinhas: teve uma ótima entrevista com o Tom Zé. Em seguida veio o Provocações com uma escritora gaúcha que recebia poemas escritos a mão pelo Mário Quintana. Depois foi o Turíbio contando histórias ótimas no Conexão Roberto Dávila, mostrando as diversas facetas da música. Depois, Roda Viva na Flip. Um escritor israelense: Oz. Muito espirituoso! E tinha o Marcelino Freire na mesa. Aí mudei pra um canal que não costuma pegar na minha casa: Rede Grobo. Foi a vez do Jô Soares mostrar sua incapacidade de conduzir uma entrevista decente! Tanta coisa legal pra falar e ele ficou insistindo no período em que o Wander Lee estava no exército, é mole? Aí depois disso tudo, chega, fui dormir, cheio de dinamite na cachola....

Escrito ao som de AC/DC, John Zorn e Rita (não Wander) Lee. E inspirado por um quarto de hotel.

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A verdade dói, mas quem sabe eu ñ sou masoquista? Diz aí:

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