Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Suicide

"Hoje acordei mais cedo, tomei sozinho chimarrão. Procurei a noite na memória, procurei em vão." Em parte mentira. Acordei de madrugada, sonhei com os dois gerentes (Mauricio e Alan), não consegui dormir mais, dormi mal, acordei entranho. Esse fds passamos no Hotel Fazenda Morro Grande, foi quase legal. No domingo chegamos em andrelandia, vimos o Toy Story de Terror. O HT tinha chegado na sexta, é ótimo. Ontem encomendei o filtro de linha. Estamos ajustando, o onkyo, a vida, o desajuste, etc. Falta um tapete e os suportes. Ainda na cama fiz uma letra sem música, veio do nada, mesmo que do nada nada saia:

Provocando um matador de aluguel

Eu podia estar me atirando da ponte
Eu podia estar tomando estricnina
Formicida, cicuta ou flor

Mas eu vou provocar um matador de aluguel
Quero o caminho mais curto pro céu

Eu podia estar fazendo o nó cego na corda
Eu podia estar atirando uma bala certeira
Eu podia estar cortando os pulsos cansados de pulsar

Mas eu vou provocar um matador de aluguel
Esse é o caminho mais curto pro céu
Porque falta coragem ao inimigo interno
O matador vai me mandar direto pro inferno


As influências são a ótima Formicida, Corda e Flor:

Uma banda de gillette
Suco de maracujá
Uma caixa de chicletes
Lenço branco no sofá
Bandeirolas na janela
Uma caixa de hidrocor
Sopa amarga na panela
Formicida, corda e flor
Vou trancar o apartamento
Se chamarem não estou
Vou botar o sofrimento
Num desenho de terror
Vou bolar um bom cenário
Pro meu ato derradeiro
Vou mandar o meu diário
Para o meu amor primeiro
Vou morrer de amor perdido
Parto desta pra melhor
Ando tão desiludido
Ando mesmo na pior
Tenho tudo quanto quero
Formicida, corda e flor
E o meu último bolero
Pra chorar a minha dor


E também a conversa de ontem com Gilda e Alvaro, os sintomas que eu desprezava, o peito cansado de respirar esse ar pesado a minha volta. Hoje pela manhã, nao sei porque me deu curiosidade e pesquisei algumas coisas. Está se lembrando dessa/daquela manhã de terça em que vc leu isso:

Sexo, Idade : F, 27
Cor : (descendente de orientais)
Meio : projétil de arma de fogo
Forma de mensagem : carta manuscrita a tinta azul
 
"A quem possa interessar:
Grande parte do que possuía foi vendida ou doada. O que resta, é minha vontade que seja entregue ao meu amigo João; o qual poderá dar a meus pertences o destino que lhe aprouver.
 Nada deverá ser entregue a qualquer parente meu.
Quanto aos meus restos mortais, suplico encarecidamente; não o torturem com choros, rezas ou velas. É apenas a minha matéria e imploro que a deixem degradando-se em paz. A putrefação não é degradante. Se a humanidade permitisse que a natureza tomasse o seu curso, seria o renascimento da matéria.
Eu renasceria no vento que passa a murmurar, nas folhas que farfalham, no solo que abriga e alimenta milhares de seres vivos, na água que corre para o mar nas chuvas que regam os campos, no orvalho que cintila ao luar, nas grandes árvores que abrigam ninhos de passarinhos e que vergam a passagem dos ventos fortes, nos pequenos arbustos que escondem a caça do caçador...
Céus! Eu me vingaria se apenas uma de minhas partículas participasse do desabrochar de uma flor ou do canto de um pássaro. Romântico? Não! Foi o mundo, minha família, meu educador mas principalmente... foi o seio que aconchegou a criança que vinha lhe contar as suas tristezas, máguas, alegrias, pensamentos, e seus desejos íntimos... suas esperanças. A criança crescida quer voltar para lhe contar seus sofrimentos, desilusões, a morte de suas esperanças... para encontrar novamente o aconchego onde poderá descansar sua cabeça cansada e abatida e onde poderá, enfim, chorar as suas lágrimas que não encontram onde chorar.
Volto derrotada porque não fui capaz de viver, trabalhar e estudar não foram suficientes para mim. E foi tudo o que me restou. Prefiro morrer do que viver com a morte dentro de mim.
Perdoem-me ..., ..., ..., "



Pesquise pela música húngara do suicídio:



Estou há horas perdendo meu tempo aqui sentado. Por que não viver de verdade? Como será viver de verdade?!

Ainda tenho que escrever sobre A Ilusão da Alma, assim que pegar com o Alexandre releio cotejando com o Psicologia e Neurociência do Saulo. Acho que vou ler agora. O Zé ta chamando pra ir na sexta lá no sítio dele. Vou mandar um email pra Gilda e sair um pouco dessa Bad Trip Simulator...


Perto de você me calo
Tudo penso e nada falo
Tenho medo de chorar
Nunca mais quero o seu beijo
Mas meu último desejo
Você não pode negar
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação
Às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto
Que meu lar é o botequim
Que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida
Que você pagou pra mim

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A verdade dói, mas quem sabe eu ñ sou masoquista? Diz aí:

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