Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O Moska na sopa



https://www.youtube.com/watch?v=uJzMlx6Sbg0

A vida como processo, uma obra viva sendo realizada, composta a cada dia. "A vida é a matéria prima da multiplicidade criativa" 9:19 A Rapha acabou de me ligar dando uma ideia ótima: ir ao Mariano Procópio em JF. Eu já devia ter saído daqui pra agilizar isso mas ainda estou ouvindo os bons conselhos do Moska.

Pronto
Agora que voltou tudo ao normal
Talvez você consiga ser menos rei
E um pouco mais real
Esqueça
As horas nunca andam para trás
Todo dia é dia de aprender um pouco
Do muito que a vida traz.
Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louco
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouco
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais
Chega
Não me condene pelo seu penar
Pesos e medidas não servem
Pra ninguém poder nos comparar
Porque
Eu não pertenço ao mesmo lugar
Em que você se afunda tão raso
Não dá nem pra tentar te salvar
Porque muito pra mim é tão pouco...

Veja
A qualidade está inferior
E não é a quantidade que faz
A estrutura de um grande amor
Simplesmente seja
O que você julgar ser o melhor
Mas lembre-se que tudo que começa com muito
Pode acabar muito pior


Atividade como atividade de criar. Encontrando diferença nas repetições. 21:00 A raridade das pessoas e a beleza dos encontros através da vida. Absorvendo tudo. Ser o outro, o olhar do outroCitação ao Zelig de Wood Allen.
A identidade como uma falácia. 23:49 O equívoco de buscar a própria identidade. A cobrança que isso traz. Essa caiu como um tiro certo em mim, que tenho tido essa ideia, bem absurda de me descobrir. Ora, eu sou tudo que tenho feito e pensado, essa multiplicidade e metamorfose ambulante e talvez por isso mesmo sofredora. A questão é transformar esse sofrimento em impulso.

Fincando a vida no hoje 30:00

Objetivo x Motivo: 37:35

"dar importância para o que te move a fazer a coisa" a motivação de fazer algo centrado no fazer, no meio e não no fim  Se focar no objetivo pode ser frustrante.

49:00 como nasce uma canção: a belíssima canção composta por diversos compositores.

Indo agora passear e viver o agora com o Antônio Lucas! Lembranças...

* .. *

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Memória Esdrúxula e liberalismo espírita

https://www.youtube.com/watch?v=PVSPq8dFtfQ
https://www.youtube.com/watch?v=ZaIIxQQjQ7E
https://www.youtube.com/watch?v=_pLQ9kd5gyA
https://www.youtube.com/watch?v=Eftn-gXHt5Q



119 Deus não poderia isentar os Espíritos das provas que devem sofrer para atingir a primeira ordem?
– Se tivessem sido criados perfeitos, não teriam nenhum mérito para desfrutar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria o mérito sem a luta? Além do mais, a desigualdade entre eles é necessária para desenvolver a personalidade, e a missão que realizam nessas diferentes ordens está nos desígnios da Providência para a harmonia do universo.
 AK: Tendo em vista que na vida social todos os homens podem chegar às primeiras funções, igualmente poderíamos perguntar por que o soberano de um país não promove cada um de seus soldados a general; por que todos os empregados subalternos não são empregados superiores; por que todos os estudantes não são mestres. Portanto, há essa diferença entre a vida social e a vida espiritual: a primeira é limitada e nem sempre permite alcançar todos os graus, enquanto a segunda é indefinida e deixa a cada um a possibilidade de se elevar ao grau supremo.

Meritocracia no espiritismo, no evolucionismo e no liberalismo. Estou com medo de mim e de minhas ideias. Acho que vou pedir demissão pra ver se continuo pensando assim. Será sempre preciso escolher um lado?
 
Sou um homem comum
Qualquer um
Enganando entre a dor e o prazer
Hei de viver e morrer
Como um homem comum
Mas o meu coração de poeta
Projeta-me em tal solidão
Que às vezes assisto
A guerras e festas imensas
Sei voar e tenho as fibras tensas
E sou um
Ninguém é comum
E eu sou ninguém
No meio de tanta gente
De repente vem
Mesmo eu no meu automóvel
No trânsito vem
O profundo silêncio
Da música límpida de Peter Gast
Escuto a música silenciosa de Peter Gast
Peter Gast
O hóspede do profeta sem morada
O menino bonito Peter Gast
Rosa do crepúsculo de Veneza
Mesmo aqui no samba-canção
Do meu rock'n'roll
Escuto a música silenciosa de Peter Gast
Sou um homem comum



Tédio, vida sem sentido, por que sou como sou, por que nao sou outra pessoa?

https://www.youtube.com/watch?v=iQXrKhgmLkU

Hey mãe!
Eu tenho uma guitarra elétrica
Durante muito tempo isso foi tudo
Que eu queria ter

Mas, hey mãe!
Alguma coisa ficou pra trás
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer

Mas, hey hey mãe!
Por mais que a gente cresça
Há sempre alguma coisa que a gente
não pode entender
Por isso, mãe
Só me acorda quando o sol tiver se posto
Eu não quero ver meu rosto
Antes de anoitecer
Pois agora lá fora,
Todo mundo é uma ilha
A milhas e milhas e milhas...


Carta resposta de Deus para mim:

Olhei pro amanhã e não gostei do que vi.
Sonhos são como deuses, quando não se acredita neles, deixam de existir.
Lutei por sua alma, mas admito que perdi.

Se você não suporta mais tanta realidade
Se tudo tanto faz, nada tem finalidade
Então pra quê viver comigo?

Eu não vou ficar pra ver nossa ponte incendiada
Nossa igreja destruída, nossa estrada rachada
Pela grande explosão que pode acontecer no nosso abrigo.


https://www.youtube.com/watch?v=Sr3WFZQItkM

quarta-feira, 20 de agosto de 2014



no ar que se respira, nos gestos mais banais
em regras, mandamentos, julgamentos, tribunais
na vitória do mais forte, na derrota dos iguais

a violência travestida faz seu trottoir

Na procura doentia de qualquer prazer
Na arquitetura metafisica das catedrais
Nas arquibancadas, nas cadeiras, nas gerais

a violencia travestida faz seu trottoir

na maioria silenciosa, orgulhosa de não ter
vontade de gritar, nada pra dizer
a violência travestida faz seu trottoir
nos anúncios de cigarro que avisam que fumar faz mal

| a violência travestida faz seu trottoir
| em anúncios luminosos, lâminas de barbear
| armas de brinquedo, medo de brincar
| a violência travestida faz seu trottoir

no vídeo, idiotice intergaláctica
na mídia, na moda, nas farmácias
no quarto de dormir, na sala de jantar
a morte anda tão viva, a vida anda pra trás
é a livre iniciativa, igualdade aos desiguais
na hora de dormir, na sala de estar

a violência travestida faz seu trottoir

uma bala perdida encontra alguém perdido
encontra abrigo num corpo que passa por ali
e estraga tudo, enterra tudo, pá de cal
enterra todos na vala comum de um discurso liberal

| a violência travestida faz seu trottoir
| em anúncios luminosos, lâminas de barbear
| armas de brinquedo, medo de brincar
| a violência travestida faz seu trottoir

| a violência travestida faz seu trottoir
| em anúncios luminosos, lâminas de barbear
| armas de brinquedo, medo de brincar
| a violência travestida faz seu trottoir

Tudo que ele deixou foi uma carta de amor pra uma apresentadora de programa infantil. Nela ele dizia que já não era criança, e que a esperança também dança como monstros de um filme japonês. Tudo que ele tinha era uma foto desbotada, recortada de revista especializada em vida de artista. Tudo que ele queria era encontrá-la um dia (todo suicida acredita na vida depois da morte). Tudo que ele tinha cabia no bolso da jaqueta. A vida quando acaba, cabe em qualquer lugar.
E a violência travestida faz seu trottoir...

não se renda às evidências
não se prenda à primeira impressão

eles dizem com ternura:
"o que vale é a intenção"
e te dão um cheque sem fundos
do fundo do coração

no ar que se respira
nessa total falta de ar
a violência travestida
faz seu trottoir

em armas de brinquedo, medo de brincar
em anúncios luminosos, lâminas de barbear
nos anúncios de cigarro que avisam que fumar faz mal

a violência travestida faz seu trottoir
a violência travestida faz seu trottoir


Ótima resenha:
http://consultoriadorock.blogspot.com.br/2012/03/os-sete-pecados-do-rock-nacional-parte.html


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Suicide

"Hoje acordei mais cedo, tomei sozinho chimarrão. Procurei a noite na memória, procurei em vão." Em parte mentira. Acordei de madrugada, sonhei com os dois gerentes (Mauricio e Alan), não consegui dormir mais, dormi mal, acordei entranho. Esse fds passamos no Hotel Fazenda Morro Grande, foi quase legal. No domingo chegamos em andrelandia, vimos o Toy Story de Terror. O HT tinha chegado na sexta, é ótimo. Ontem encomendei o filtro de linha. Estamos ajustando, o onkyo, a vida, o desajuste, etc. Falta um tapete e os suportes. Ainda na cama fiz uma letra sem música, veio do nada, mesmo que do nada nada saia:

Provocando um matador de aluguel

Eu podia estar me atirando da ponte
Eu podia estar tomando estricnina
Formicida, cicuta ou flor

Mas eu vou provocar um matador de aluguel
Quero o caminho mais curto pro céu

Eu podia estar fazendo o nó cego na corda
Eu podia estar atirando uma bala certeira
Eu podia estar cortando os pulsos cansados de pulsar

Mas eu vou provocar um matador de aluguel
Esse é o caminho mais curto pro céu
Porque falta coragem ao inimigo interno
O matador vai me mandar direto pro inferno


As influências são a ótima Formicida, Corda e Flor:

Uma banda de gillette
Suco de maracujá
Uma caixa de chicletes
Lenço branco no sofá
Bandeirolas na janela
Uma caixa de hidrocor
Sopa amarga na panela
Formicida, corda e flor
Vou trancar o apartamento
Se chamarem não estou
Vou botar o sofrimento
Num desenho de terror
Vou bolar um bom cenário
Pro meu ato derradeiro
Vou mandar o meu diário
Para o meu amor primeiro
Vou morrer de amor perdido
Parto desta pra melhor
Ando tão desiludido
Ando mesmo na pior
Tenho tudo quanto quero
Formicida, corda e flor
E o meu último bolero
Pra chorar a minha dor


E também a conversa de ontem com Gilda e Alvaro, os sintomas que eu desprezava, o peito cansado de respirar esse ar pesado a minha volta. Hoje pela manhã, nao sei porque me deu curiosidade e pesquisei algumas coisas. Está se lembrando dessa/daquela manhã de terça em que vc leu isso:

Sexo, Idade : F, 27
Cor : (descendente de orientais)
Meio : projétil de arma de fogo
Forma de mensagem : carta manuscrita a tinta azul
 
"A quem possa interessar:
Grande parte do que possuía foi vendida ou doada. O que resta, é minha vontade que seja entregue ao meu amigo João; o qual poderá dar a meus pertences o destino que lhe aprouver.
 Nada deverá ser entregue a qualquer parente meu.
Quanto aos meus restos mortais, suplico encarecidamente; não o torturem com choros, rezas ou velas. É apenas a minha matéria e imploro que a deixem degradando-se em paz. A putrefação não é degradante. Se a humanidade permitisse que a natureza tomasse o seu curso, seria o renascimento da matéria.
Eu renasceria no vento que passa a murmurar, nas folhas que farfalham, no solo que abriga e alimenta milhares de seres vivos, na água que corre para o mar nas chuvas que regam os campos, no orvalho que cintila ao luar, nas grandes árvores que abrigam ninhos de passarinhos e que vergam a passagem dos ventos fortes, nos pequenos arbustos que escondem a caça do caçador...
Céus! Eu me vingaria se apenas uma de minhas partículas participasse do desabrochar de uma flor ou do canto de um pássaro. Romântico? Não! Foi o mundo, minha família, meu educador mas principalmente... foi o seio que aconchegou a criança que vinha lhe contar as suas tristezas, máguas, alegrias, pensamentos, e seus desejos íntimos... suas esperanças. A criança crescida quer voltar para lhe contar seus sofrimentos, desilusões, a morte de suas esperanças... para encontrar novamente o aconchego onde poderá descansar sua cabeça cansada e abatida e onde poderá, enfim, chorar as suas lágrimas que não encontram onde chorar.
Volto derrotada porque não fui capaz de viver, trabalhar e estudar não foram suficientes para mim. E foi tudo o que me restou. Prefiro morrer do que viver com a morte dentro de mim.
Perdoem-me ..., ..., ..., "



Pesquise pela música húngara do suicídio:



Estou há horas perdendo meu tempo aqui sentado. Por que não viver de verdade? Como será viver de verdade?!

Ainda tenho que escrever sobre A Ilusão da Alma, assim que pegar com o Alexandre releio cotejando com o Psicologia e Neurociência do Saulo. Acho que vou ler agora. O Zé ta chamando pra ir na sexta lá no sítio dele. Vou mandar um email pra Gilda e sair um pouco dessa Bad Trip Simulator...


Perto de você me calo
Tudo penso e nada falo
Tenho medo de chorar
Nunca mais quero o seu beijo
Mas meu último desejo
Você não pode negar
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação
Às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto
Que meu lar é o botequim
Que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida
Que você pagou pra mim