Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Onkyo, V-moda, Dio, Lobão, McConaughey, etc...

A música (a arte) sempre volta! O que andei lendo:



Não existe ninguém mais apaixonado que um audiófilo, e conversas entre eles podem acabar mal. Pelo menos até a próxima novidade que voltará a reuni-los na mesma sala. A paixão do audiófilo é tão forte, mas tão forte, que muitos casamentos foram desfeitos, já que diante de marcas como Audiopax e Burmester qualquer mulher está em desvantagem. Até a Juliana Paes.
Deixando os conflitos de lado, quando o audiófilo calca o “power” do amplificador; quando a agulha do toca-discos desce sobre a superfície negra e brilhante do LP; quando uma bandeja recolhe o CD ou outra mídia prateada para a dimensão invisível da conversão digital; quando alto-falantes vibram e encantam o ar com o timbre preciso e inimitável de cada instrumento, ocorre um dos fatos capitais da experiência humana: nos momentos seguintes, sejam minutos ou horas, o audiófilo é alguém na posse de si mesmo, desfrutando de uma felicidade rara neste mundo.


Foi só quando o recebi para teste e o liguei em nosso sistema de referência, é que me dei conta do tamanho do problema. Foi um misto de surpresa, desespero (pela responsabilidade de descrevê-lo aos nossos leitores) e de enorme comoção (por poder ouvir um produto que nao pode e não deve ser comparado a nada já existente).
Fiquei uma semana em total estado de êxtase, antes de criar coragem e chamar dois amigos músicos para...


“A Música fez mais pela elevação do espírito humano que qualquer outra coisa desde o nascimento de Cristo.[3]Thomas Edison.


Pelo menos para o meu espírito (humano?) ele fez muito!!! Do que adianta dizer que ela sempre volta com sua força arrebatadora, seja na procura por um home theater, que desemboca em audiofilia, que nos remete à audiopax, que nos joga em algum outro fórum de head-fones-maníacos, que citam o tributo ao Dio, que traz os clássicos consagrados e acabo caindo de novo no thrash, etc...
Testei os fones do Gabriel ontem. São bons, mas não sei. Segue o que escrevi em algum fórum:

Estou testando o V-Moda Crossfade M-100. Achei que o colocaria e teria uma revelação do sublime em forma de música por sempre ter usado fonezinhos de R$ 18,00. Criei uma expectativa muito alta, estou sendo muito exigente ou devo começar com um mais top de linha mesmo? Será que é pq - mesmo em fones ruins - sempre ouvi música em praticamente todos os dias de minha vida? (E nem foi num sistema hi-end, foi num Phillips FW17). Conheço um pouco de música, mas nada desse universo da alta fidelidade.
Agora fiquei na dúvida se tenho o ouvido podre ou se simplesmente amo a música e não tenho sensibilidade pro som. Vcs pode apaziguar minha alma de algum modo?


Quando tudo começou não sei. Talvez tenha sido no útero, ou nas músicas que ouvia de tabela (ainda não tinha memória), que minha mãe devia escutar nas rádios na primeira metade da longínqua década de 80! Ou nas fitas cassete que gravava na Vó (Pede a ela pra voltar pra mim... A saudade ta batendo, tá ruim...) Tim Maia e outros que agora poderiam ser chutes certeiros... Mas tudo foi ficando mais forte quando ganhei essa belezinha aqui:  

FW17: http://download.p4c.philips.com/files/f/fw17_21/fw17_21_pss_brpbr.pdf 

Nos útimos dias foi isso:




Coloquei isso no banco pra rapaziada ler:

De acordo com Keynes (1936), existiriam oito motivos de caráter subjetivo em virtude dos quais os indivíduos se abstêm de gastar sua renda, ou seja, prefeririam poupar:
(i) constituir uma reserva para fazer face a contingências imprevistas. O famoso:”vai que dá merda”;
(ii) preparar-se para uma relação futura prevista entre a renda e as necessidades do indivíduo e sua família, diferente da que existe no momento, como por exemplo no que diz respeito à velhice, à educação dos filhos ou ao sustento das pessoas dependentes;
(iii) beneficiar-se do juro e da valorização, isto é, porque um consumo real maior em data futura é preferível a um consumo imediato mais reduzido;
(iv) desfrutar de um gasto progressivamente crescente, satisfazendo, assim, um instinto normal que leva os homens a encarar a perspectiva de um nível de vida que melhore gradualmente, de preferência ao contrário, mesmo que a capacidade de satisfação tenda a diminuir;
(v) desfrutar de uma sensação de independência ou do poder de fazer algo, mesmo sem idéia clara ou intenção definida da ação específica;
(vi) garantir uma massa de manobra para realizar projetos especulativos ou econômicos;
(vii) legar uma fortuna;
(viii) satisfazer a avareza pura, isto é, inibir-se de modo irracional, mas persistente, de realizar qualquer ato de despesa como tal.
Estes oito motivos podem ser chamados de: Precaução, Antevisão, Cálculo, Ambição de Melhoria, Independência, Empreendedorismo, Orgulho e Avareza;

seguido disso:

O dinheiro é a felicidade humana in abstracto, por conseguinte, aquele que não é capaz da felicidade in concrecto põe todo o seu coração no dinheiro. Shopenhauer

E a vida vai seguindo. Ainda nao comprei nem o HT, nem o fone, nem um celular decente, nem nada...

Acabei de ler:


É complexo, mas vejo coerência em algumas ideias do Lobão. Acho que é o duro caminho (e com muitos desacertos, porque não?) da independência intelectual, da visão de todo e até do niilismo também. Estou vendo True Detective, hoje devo assistir o quinto episódio. Os três primeiros foram ótimos, o quarto mais ou menos: muita ação pro meu gosto. 

sábado, 5 de abril de 2014

Detona Ralph, detona Giannetti e detona Turma do Funil!!!

Transcreverei abaixo uma de minhas inúmeras trocas de cartas virtuais. Certamente os biógrafos que devassam minha conturbadíssima vida terão nos agora obsoletos ICQ, MSN, Orkut e Facebook uma caudalosa fonte de informaçoes e pensamentos vivos do passado remoto.

Felipe Ribeiro - 21/3/2014 17:29

Nao li esse nao!
Li um do Chesterton
esse nao
taí?


Caramujo Sonolento - 22/3/2014 00:44

agora tô
fui tirar um cochilo 18h e pouco, e acabei só acordando agora
hmm, o chesterton eu lembro
o terceiro tira devo ter emprestado na época só pro patrick
aliás, ele levou prá bh e ainda tá com ele
acho q ele ainda nem leu


Felipe Ribeiro - 3/4/2014 16:30

diz pra mim, qual foi o episodio que mais te impactou nessa temporada?


Caramujo Sonolento 3/4/2014 23:57

na quarta ? cara, posso falar ? vc já assistiu tudo tb ? não fazer spoiler e estragar a surpresa prá vc
quase estraguei a surpresa do galactica lá na sua casa. Aliás quase estraguei não, vc que estragou, vc adivinhou o final, rs.
mas vamos lá
o episódio q mais me impactou, acho q foram dois, na verdade
um foi aquele da menina, q matou o bebê. Me impactou mais por ela ter matado o bebê do q por ela ter sido sacrificada. Mas isso me impactou tb


Caramujo Sonolento - 4/4/2014 00:03

outro foi o do rick com o filho lá na casa q eles estão escondidos. Foi uma cena forte, do garoto achando q o pai tinha virado zumbi, e mesmo com raiva e tal, pq tinham brigado, na hora da verdade ali, o amor aparece e ele não consegue atirar no pai, e chorando aceita ser canibalizado, prefere isso a atirar

uma cena bonita, curta, mas q achei legal, foi a michone, depois de ter feito amizade com o pessoal na terceira temporada, não aguenta mais ficar sozinha, e achei bonito quando ela vê o rick e o filho dentro da casa pela janela, e ao ver q os encontrou e q não vai ficar sozinha, desata a chorar

o gabriel tb tá vendo a série. Tá adorando. Ficou até sem dormir um dia, tanto pela fissura de ver mais episódio e esperando baixar, como tb pelo impacto da série, q fez ele ficar com a cabeça girando de questões e pensamentos
o zé tb já viu tudo até agora
a série é foda, muito boa
aliás, eu havia assistido a primeira temporada e começo da segunda, mas nos episódios q eles tavam procurando a menininha na floresta acabei me desinteressando
foi vc e os comentários q vc fez lá em andrelândia q me instigaram a voltar a assistir a série
ainda bem, pq é muito boa !


Felipe Ribeiro - 4/4/2014 16:24

de nada! rs
Assino embaixo! Ótimos trechos q vc selecionou.
Eu apontaria em ordem cronológica na quarta temporada:
O episodio Live Bait, todo dedicado ao Governador e sua tentativa de voltar a ser uma pessoa "normal"... achei uma atuação excelente dele, repare na voz dele, nas poucas falas do inicio e depois quando ele decide partir com as tres... É poético ver a pessoa lutar contra o que é, mesmo sabendo que nao vai vencer! rs no proximo episodio, ele já volta a ser ele mesmo. Que é o q faz de melhor!! rs


Felipe Ribeiro - 4/4/2014 16:38

O outro é o 14, The Grove. Primoroso! O melhor dessa temporada pra mim. Intensidade dramática em praticamente todas as cenas! E o final, os dois, no escuro, qdo Carol revela que ela matou a namorada do Tyreese. Ele sua, ele treme, parece que tem um monstro dentro dele que, ao contrario do governador, consegue dominar. Atuaçao soberba de ambos.

A série é um deleite visual e emocional. Levanta muitas questões acerca de liberdade, escolhas, suicidio, sistemas de governo(como até no caos total o ser humano sempre cria sistemas, elege líderes, etc), e principalmente a desumanização do homem, coroada com a mordida de Rick no cara lá. Nós nos tornamos, ou já somos de antemão, o mal que combatemos... Quem passa a série inteira combatendo mordedores, teoricamente nao poderia morder em ninguém! rsrs
Eu só conseguia dizer: PQP! Caralho, olha o que ele fez! rsrs Humanos e suas humanidades... rsrs


Caramujo Sonolento - 4/4/2014 19:06

É, esqueci de citar o Governador, personagem magnífico, tanto na terceira como na quarta temporada. Bem observado, a luta q ele trava contra sua própria natureza...até ele voltar a ser ele mesmo, fazendo oq faz de melhor, rsrs
Esse ator q fez o governador só vi ele em outro lugar, o filme Instinto Selvagem 2, ele faz o psicólogo, tb numa atuação muito boa ! Mas como o Governador, acho q foi o melhor papel q ele já fez.
A série é mesmo muito bem feita, muito bem produzida, visualmente, as atuações, as questões q levanta, a história...

O episódio The Grove tb foi primoroso, essa cena do Tyreese e da Carol no escuro realmente foi silenciosa e intensa !
Só não tô lembrado dessa q o morde o cara, que cena é essa ?

Pois é, eu tb fiquei nessa de "PQP !" e  "como pode isso ? será q haveria outra maneira melhor, outra escolha ?", é muito impressionante a série. Deixa a gente tonto. A série tb fez um efeito assim no Gabriel e no Zé. O Gabriel teve um dia q nem dormiu, rs. Eu admito, q passei uma noite meio com mal estar tb, rsrs. Essa série ficou foda !


Felipe Ribeiro - 4/4/2014 19:40

vc viu o ultimo episodio?
a coisa q me deu mal estar parecido, ou até maior foi O Lutador/The Wrestler e de forma diferente também o Triangle!
Obras assim sao veneráveis! rs


Caramujo Sonolento - 03:33 - Hoje

o episódio 16 ? ainda não, perdi quando passou terça agora, vou tô baixando
é, Lutador/The Wrestler e o Triangle tb são filmes q mexem com a gente, impossível ficar indiferente
rs, tb acho, são veneráveis ! Obras q são inesquecíveis

Terminada a quarta temporada de WD, terminado hoje, ao fim da manhã, o também memorável Valor do Amanhã! Desse excelente trabalho cito mais um trecho, cuja preguiça em transcrever me fez fazer isso:




Anteontem fiz a segunda e última parte da (mundialmente famosa aqui em casa) marchinha A Turma do Funil, versão Pai Felipe e Baby Tom:

       Dm      A7          Dm
Chegou na casa do papai
                    C7
todo mundo brinca
                                    F
mas ninguém dorme no ponto
      A7                             Dm
Ai, ai, ninguém dorme no ponto
                       A7
Nós é que brincamos,
                        Dm
eles que ficam zonzos

                    A7            Dm                  
Com meu papai eu sou arisco
         A7                                    D7
e sublimar é mais que um compromisso/petisco
  Gm                    
aonde houver tristeza
            Dm                
que eu leve o meu cantil/
     A7                                Dm
matando a sede do nosso brasil


Vivamos e cantemos! Pois a morte espreita à todos nós. Salve as amizades e os papos inúteis que nos vivificam, salve minha pequena família que me leva tal qual barco, meu abismo, meu abrigo... salve as séries, os livros, a Música, os juros compostos, a propriedade privada, o desapego material, os índios e sua vida frugal, etc...
Quarta vi Detona Ralph (chorei muito no fim), ótimo filminho manjado pra crianças e adultos fragilizados emocionalmente. Quinta saímos com o pessoal pro bar do New, onde mais uma vez, tudo velho e igual. O Antônio ficou dormindo no carro, qdo a rapha foi pega-lo, ele estava chorando, tinha acordado sozinho e certamente sofreu com nossa ausência (culpa minha). Ela chorou muito ontem por causa disso e da inquisição Flaviariana. Ontem, tarde da noite vi o Círculo de Fogo - Enemy at the Gates de Jean-Jacques Annaud. Bem meia boca... Almoçamos no restaurante ao lado do posto - Clebinho. Agora a tarde o que farei?