Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

segunda-feira, 31 de março de 2014

Colcha de retalhos psicoativos

Ontem o computador da sogra parou de funcionar, desligou sozinho! Virus ou o que? A rapha acha que fui eu, eu acho que foi ela. Talvez nao tenha sido nenhum de nós, mas de qualquer forma nao liga mais. Vou ter que mandar alguem pra arrumar. Isso e a feijoada dos 50 anos do Miguel - parente da rapha, e não meu Tio Miguel - no sábado são pra lembrar desse fds. Mas o que de mais importante aconteceu mesmo foram as horas que fiquei baixando clipes legais (uns 117)! rs A música volta ao meu universo. Ela e sua força descomunal sempre voltam!

O INIMIGO

A juventude não foi mais que um temporal,
Aqui e ali por sóis ardentes trespassado;
As chuvas e os trovões causaram dano tal
Que em meu pomar não resta um fruto sazonado.

Eis que alcancei o outono de meu pensamento,
E agora o ancinho e a pá se fazem necessários
Para outra vez compor o solo lamacento,
Onde profundas covas se abrem como ossários

E quem sabe se as flores que meu sonho ensaia
Hão de achar nessa gleba aguada como praia
O místico alimento que as fará vigorosas?

Ó dor! Ó dor! O tempo faz da vida uma carniça,
E o sombrio Inimigo que nos rói as rosas
No sangue que perdemos se enraíza e viça!


Ai ai meu pomarzinho... Não resta nada a dizer de Baudelaire! Eu me vejo assim? Como eu me vejo? Eu me vejo? O tempo todo, praticamente. O egoísmo engole tudo que anseio... Percepção?

“Se as portas da percepção se depurassem, tudo se revelaria ao homem tal qual é, infinito”. William Blake


Esbarrei com isso por aí:

Evolução Psicodélica:

Muito interessante! Ouvir Zé Ramalho sempre é bom também! Amanita Matutina! Lembro do Thiago me explicando o que era! rs O pessoal pirava nisso tudo...


Tá tudo aí:

A escolha intertemporal é uma via de mão dupla: antecipar ou retardar? Importar valores do futuro para desfrute imediato (posição devedora) ou remeter valores do presente para desfrute futuro (posição credora)? Se as escolhas do presente determinam em larga medida o nosso futuro, o futuro sonhado determina, ao menos em parte, as escolhas que fazemos no presente. (Giannetti)

quinta-feira, 27 de março de 2014

Locked Out Of Heaven

“Convém suspeitar de todas as doutrinas que são favorecidas pelas nossas paixões”  - Hume

Hoje penso nas sagradas doutrinas: psicanálise e socialismo/comunismo. Mas é de se desconfiar de todas mesmo, como a crença na ciência pura, da qual eu sempre tive um pé atrás, além de minha atual grande descoberta, a escola austríaca e o liberalismo. Mesmo eu entrando agora e a passos comedidos nesse terreno, não posso me furtar a concluir que são, como as demais, apaixonantes. Logo, tudo é passível de paixão, mas só de saber disso, já me considero um pouquinho menos tolo e mais protegido. Triste é descambar sempre pro ceticismo e niilismo! 

Por que será que escrevi "triste" se esse niilismo quase sempre foi a minha viseira, e talvez ainda seja. Acho que cansei desse vazio e desesperança. Preciso de alguma doutrina, favorecida ou não pela minha paixão. Nem que seja o liberalismo tradicional. Todo homem precisa de teorias e de fôrmas pra informar o mundo. Outro dia me peguei pensando numa frase da Rapha: "O quebrou na hora de desinformar". Você nunca tinha pensado nisso, Fellipe: O pudim é informado, e sai da forma pra entrar na nossa boca faminta! rs


Outra do Hume: "Um homem cavalgava com grande sofreguidão e levava o cavalo ao limite da exaustão. A certa altura da viagem, ele parou por um instante para perguntar a alguém que passava quanto tempo faltava até o lugar de destino. ‘São duas horas se voce for mais devagar’, respondeu-lhe um camponês, ‘mas serão quatro se você continuar com tamanha pressa’”.

Geralmente eu nao tenho pressa nenhuma, o que até atrapalha. Essa frase é mais pra justificar minha lentidão do que pra me estimular a ser mais lento e comedido. Se for mais calmo e parcimonioso eu mofo e apodreço... rs Preciso é de alguma pressa boa, da urgência da vida que nao me faça atrasar, mas sim chegar antes, sentir um gosto de novidade. Parar de ser só espectador. 
Olha só que beleza, já descobri duas coisas que preciso, uma doutrina/ideologia (eu quero uma pra viver) e de urgência. Acho que não vai ser dessa vez, ainda vou viver sem essas coisas e sem muitas outras exigências para uma vida moderna saudável.
As citações de Hume foram extraídas da minha atual fonte de deleite: O Valor do Amanhã. Ontem, ou anteontem, descobri o motivo de eu gostar tanto do Giannetti. Vasculhando na net por trechos do livro (para justamente colá-los aqui nessa minha memória virtual), me deparei com um artigo dele na Folha. Frase de fã agora: ele simplesmente falou tudo, exatamente tudo, que eu penso sobre música! Com muito requinte, erudição, citaçoes, comparações, rigor, profundidade, clareza e, claro, perspicácia. Mas é o que sempre pensei e nunca consegui, mesmo porque nunca tentei, elaborar. Foi uma formidável surpresa. Segue o texto para que você releia aí agora, nesse chato futuro:


Que mistério tem a palavra cantada?

EDUARDO GIANNETTI
Colunista da Folha  - São Paulo, quinta, 6 de agosto de 1998

"Dai-me a castidade e a continência", orava o jovem Agostinho, "mas não ma deis já". A memória insurreta de prazeres vividos não se rende com facilidade aos ditames do córtex superior. O futuro santo católico almejava o bem, mas sabia de perto o que era bom. Sua relação torturada e ambígua com a música -"os prazeres do ouvido"- ilustra o dilema que enfrentava.
A vontade consciente de Agostinho era manter o canto religioso no seu devido lugar -como um instrumento acessório, sempre a serviço da fé e do culto divino. O que o alarmava, porém, era constatar que volta e meia a gratificação dos sentidos subjugava e vencia o sentimento de devoção.
Ao ouvir os hinos e cânticos da igreja entoados com suavidade e arte, Agostinho se pilhava em meio a escapadas furtivas dos sentidos. Ele se rendia ao puro prazer sensual da audição e assim acabava perdendo inteiramente de vista o sentido religioso dos salmos.
O poder de sedução da melodia e do canto impregnava sutilmente a sua alma. Quando ele se dava conta, era tarde: lá estava absorto, nas asas de deleites inconfessáveis, involuntariamente entregue às delícias profanas de seu passado libertino. Longe do bem, no colo do bom.
"Sinto que todos os afetos de minha alma encontram na voz e no canto as suas próprias modulações, vibrando em razão de um parentesco oculto, para mim desconhecido, que existe entre eles... Mas quando o cantar em si me sensibiliza mais do que a verdade das palavras que se cantam, confesso com dor que pequei." ("Confissões", X, 33).
A pontaria do santo, como de costume, é certeira. O fantasma de um suposto "pecado da lascívia musical" não precisa nos ocupar. Trata-se de uma aberração platônica-cristã que a deliciosa tirada de William Blake fulmina com o devido bom humor: "Assim como a lagarta seleciona as melhores folhas para depositar seus ovos, o padre deposita suas pragas sobre os melhores prazeres".
Ascetismo à parte, contudo, creio que a confissão de Agostinho nos diz algo importante sobre os prazeres do ouvido. O que é feito da melodia e do canto -vibrações sonoras que se propagam no ar- na vivência interna de quem ouve e se encanta? A experiência agostiniana com a música sacra ajuda a identificar os elementos básicos do prazer de ouvir.
Existe um ouvir consciente, possivelmente associado ao lado esquerdo do cérebro, que acompanha o sentido das palavras cantadas e que busca seguir o fio melódico da canção. Prevalece aqui a dimensão semântica do canto e a intenção de entender a música de olhos abertos, sem perder as rédeas da atenção. É um ouvir voluntário e concentrado no qual predominam a disposição alerta e o foco intelectivo.
Existe, porém, uma outra forma de apreensão do canto que corre paralela ao ouvir consciente e que muitas vezes acaba nos envolvendo e dominando por completo. Trata-se de um ouvir da entrega -um ouvir secreto da sensibilidade em estado puro que fala diretamente ao coração e que parece ter o dom de operar de forma quase subliminar sobre o nosso sistema nervoso.
O que prevalece nesse ouvir sensual, não mediado pelas faculdades intelectivas, é a força subterrânea e sedutora dos ritmos, das cadências, das inflexões e entonações sutis, da modulação e do timbre vocal, em suma, de tudo aquilo que nos franqueia o acesso a emoções e afetos adormecidos no recesso da alma e que levava o devoto Agostinho ao desespero.
O prazer do canto melódico, acredito, tem muito a ver com o modo específico pelo qual o ouvir consciente (semântico) e o ouvir da entrega (sensual) se combinam em nossa experiência mental-auditiva.
Generalizar é impossível. A vivência subjetiva da música é algo tão irredutivelmente pessoal e intransferível quanto um sonho ao ser sonhado. Só o que me resta é tentar ilustrar, sem qualquer pretensão maior de objetividade, a natureza desse processo a partir de minha própria experiência como ouvinte e fã confesso da música brasileira.
Num polo estão os criadores-intérpretes que se dirigem predominantemente às faculdades intelectivas. São os ídolos, por assim dizer, do lado esquerdo do cérebro. As composições mais belas e inspiradas de Chico Buarque cantadas por ele mesmo são talvez o melhor exemplo de canções que me encantam desse modo, ou seja, pelos caminhos do ouvir consciente.
No outro polo estão aqueles que me pegam claramente pelo ouvir da entrega. São vozes e sons que parecem ter o dom de render o lado direito do meu cérebro, encharcando a mente de estranhas e indefiníveis delícias. Exemplo nítido desse tipo de experiência no meu caso é o que acontece quando ouço e me deixo levar pelo canto mágico e estranhamente sedutor de Luiz Melodia.
Mas o ponto mais alto do prazer de ouvir é quando aparece alguém capaz de juntar as duas pontas. Alguém capaz de atacar, cercar e render simultaneamente, com o seu canto e sonoridade, a inteligência alerta do ouvir consciente e a imaginação sonhadora do ouvir da entrega.
Quando isso acontece, dá-se a rara alquimia de alguma coisa mais plena e sublime: o cantar em si e a expressividade total do som me sensibilizam de uma forma tão completa e intensa quanto a trilha melódica e o sentido poético da palavra cantada.
Nomes? O mais sensato, talvez, fosse falar não em nomes, mas em momentos de iluminação. Não vou me eximir, porém, de nomear aqueles que, para mim, melhor ilustram o mistério e a fronteira de possibilidades da palavra cantada em nossa língua.
Ciente de que cada brasileiro amante da música cultiva e defende a sua constelação íntima de ídolos máximos, eis os santos de minha devoção: João Gilberto, Caetano Veloso e Marina Lima.
O amor pela música, como qualquer forma de amor, jamais poderá ser racionalmente explicado. Talvez chegue o dia em que os avanços da neurociência nos mostrem tintim por tintim por que certas vozes e sons específicos fazem o que fazem com o cérebro de cada um. O absurdo é supor que esse tipo de saber objetivo e externo dará conta da vivência subjetiva e pessoal de quem ouve e se encanta.
Quanto a mim, uma coisa é certa: ouvindo o recém-lançado "Pierrot do Brasil" de Marina tenho a sorte e a felicidade de me sentir como se eu fosse uma espécie de Agostinho pecador e desprovido de culpa. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq06089816.htm


Sublime não?! Se eu gostar desse Pierrot do Brasil da Marina, não faltará mais nada, peço ele em casamento! rs Mas muito interessante essa do casamento de ideias. Desde que o vi pela primeira vez no sempre um papo, falando do Valor do Amanhã fiquei impressionado com a clareza dele e com o meu prazer em ouvir coisas que faziam muito sentido pra mim. Aí entrou o acaso, pois me deparei com esse livro num sebo! Muita coincidencia, pois nao entrava em sebos, por nao have-los em SD e por nao andar nada pelo centro de JF. Comprei e só estou lendo hoje, 7, 8 ou 9 anos depois... 
O último capítulo que li também foi inteiramente ao encontro de minhas parcas e porcas ideias: sobre os índios! Primeiro porque ele citou esse contexto silvícola, sempre pertinente pra qualquer discussão humana. Segundo porque nao foi ingênuo, como já fui, de achar a oitava maravilha a sociedade indígena, e tratá-la de modo simplista. Ele expôs seus conflitos normais, mas claro, citando sua riqueza de fortes ideias primitivas que chacoalham nossa conjuntura atual. Em breve transcrevo aqui.


PS: no início da semana era o assobio de moves like jagger, hoje foi o dia inteiro com a Locked out of heaven do Bruno Mars na cabeça! Chiclete puro! Cópiazinha de Police, mas, por que não, uma ótima música?! 

segunda-feira, 24 de março de 2014

O Caipira de Aço e o Saci na sala

O grande amigo/irmão Zé compartilhou esse vídeo no facebook: https://www.youtube.com/watch?v=-t60Gc00Bt8. Será que agora, nesse momento em que você está lendo esse post, já terá visto o vídeo inteiro? Terá mudado sua forma de pensar na educação? Como foi, afinal, a educação e a formação do seu filho? Esse documentário será tão bom quanto o excelente documentário Edifício Máster, visto há algumas semanas por você? De que valerão essas linhas hoje e amanhã? Certamente devem ter algum valor presente, senão você não estaria escrevendo.
Na sexta vi o S4E8 de WD! Foi bem surpreendente e extremamente dramático. O  Governador já se tornou um grandessíssimo vilão. Porém, muito mais que isso, os questionamentos éticos/morais/filosóficos levantados pela sua interação com Rick e alguns outros personagens, além de memoráveis e catárticos, foram muito densos e reflexivos para mim. Na verdade sua trajetória após a derrocada de Woodbury, a frustrada tentativa de tomar a prisão e seu sumiço, tem início no ótimo S4E6. Ali nós vemos uma ótima atuação e uma construção psicológica ímpar (talvez só comparada com à de Shane - embora tenhamos o complexo personagem Rick e suas escolhas de Sofia, suas imensas frustrações, etc.) Um tigre pode mudar suas listras? Será que em tudo que eu vejo eu me vejo? Até quando realmente escolhemos sermos o que somos? É sina, é carma? Ele se arrependeu de verdade e depois voltou dolorosamente a ser de verdade o que era. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é! Me comovo demais com essas coisas de mentira. Devia me comover mais com a vida real. As vezes ate consigo, como li ali: cada dia é uma vida... 
No sábado fomos na AABB um pouco, li a Veja lá, li mais O Valor do Amanhã em casa, vi o episódio 9. O casal A e T veio aqui em casa, comemos e bebemos. Sempre divertidos e gente boa. O que não me impede de enjoar. Culpa minha, mas foi tranqüilo. Até vi um breve e simples documentário sobre o Pink Floyd com o A. O domingo foi de MMA, Barça x Real, o Verdão perdeu, etc... Os canais HD voltaram. A tia Letícia disse que o Antônio melhorou muito na semana que passou! Ela estava realmente satisfeita e empolgada com a subida de rendimento e interação dele, o que quer dizer que antes ele devia realmente estar distante por lá. Hoje já dancei bastante com ele e brinquei um pouco de Saci. Começo a implementar meu plano educacional, cultural e filosófico e brincadeirístico por esses dias que seguem. Minha falta de relação com Rapha anda crônica como sempre. A Rayssa continua a falar mal dos caras, que continuam a falar mal dela. E eu lá no meio! Conviver e aturar os próximos mais próximos é uma arte. Tenho sido um competente artista lá; até me divirto com a chatice que vem de todos os lados e que certamente é retribuída em chatice maior ainda por mim!
Voltei a ouvir música! Nesse exato momento: Ide A Mim Dada de Raulzito. Antes tava rolando: She-Wolf do Megadeth, precedida por Soul Tabarôa do sublime Sociedade da Grã Ordem Kavernista, antes era 24.000 Baci interpretada por Mr. Bungle, maravilhosamente precedida por She's A Bad Mama Jama de Stevie Wonder, antes O Velho James Browse Já Dizia de MLSA! E teve também Rua Augusta com os Mutantes! Já deu pra ver que eu tava ouvindo o playlist Tom Lucas: só megahit!

Pausa. Jantei, vi o décimo primeiro episódio de WD. Mesmo nível de qualidade e suspense, ainda que menos denso se comparado aos supracitados. Achei a soldada Rosita, o personagem com maior carga erótica da série até agora. Não que seja muito bela ou suculenta, mas tem todo o estereótipo da sexy soldier girl! rs Vi um trecho da Adélia Prado no Roda Viva. Disse que seus temas recorrentes são sexo, morte e deus. Mais uma que quero ler. Uma zappeada e vi alguns minutos de Bastardos Inglórios. Agora voltei pra finalizar. Hora de dormir. Mas antes,

Cartas para Deus:

Carta 1 – Ui! de Tom Zé:

Você inventa - grite!
Eu invento - ai!
Você inventa - chore!
Eu invento - ui!
Você inventa o luxo
Eu invento o lixo
Você inventa o amor
Eu invento a solidão...

Você inventa a lei
E eu invento a obediência
Você inventa a deus
E eu invento a fé
Você inventa o trabalho
E eu invento as mãos
Você inventa o peso
E eu invento as costas
Você inventa a outra vida
Eu invento a resignação
Você inventa o pecado
E eu fico aqui no inferno
Meu Deus, no inferno
Valha-me Deus


PS: Adicionei mais algumas canções no playlist Chacoalhar – Shake filha, Shake do YT: Moves Like Jagger e A Little Party Never Killed Nobody. Será que essa listinha ainda existirá quando você estiver lendo: https://www.youtube.com/watch?v=Kikf1I3rpIk&list=PL21DC2D5E70B9FA2B
Eu devia ter dançado mais até o momento em que escrevo isso. Ainda dá tempo?

sexta-feira, 21 de março de 2014

Divagando

"O valor do futuro depende do que se pode esperar dele. Portanto: se você acredita de fato em alguma forma de existência post-mortem determinada pelo que fizermos em vida, então todo cuidado é pouco: os juros prospectivos são infinitos. O desafio é fazer o melhor de que se é capaz na vida mortal sem pôr em risco as incomensuráveis graças do porvir. Se você acredita, ao contrário, que a morte é o fim definitivo de tudo, então o valor do intervalo finito de duração indefinida da vida tal como a conhecemos aumenta. Ela é tudo o que nos resta, e o único desafio é fazer dela o melhor de que somos capazes. E, finalmente, se você duvida de qualquer conclusão humana sobre o após-a-morte e sua relação com a vida terrena, então você contesta o dogmatismo das crenças estabelecidas, não abdica da busca de um sentido transcendente para o mistério de existir e mantém uma janelinha aberta e bem arejada para o além. O desafio é fazer o melhor de que se é capaz da vida que conhecemos, mas sem descartar nenhuma hipótese, nem sequer a de que ela possa ser, de fato, tudo o que nos é dado para sempre." (Eduardo Giannetti, O valor do amanhã, p. 123.)

Excelente livro! Acredito que nesse fim de semana eu termine. É muito instigante e bem escrito. Agora são 17:52, talvez chova. Ainda está calor. Acabou de trovejar! rs Ontem tomei a Baden Red Ale, que é bem amarga, comendo queijo. Depois tomei duas Heinekens, foi boa a sensação de estar ligeiramente alterado e vendo o sétimo episódio da quarta temporada de Walking Dead. Os efeitos do álcool ainda me fazem bem, pelos menos sensitivamente falando. Aguça o pensamento.

"O desejo incita à ação; a percepção do tempo incita o conflito entre desejos. O animal humano adquiriu a arte de fazer planos e refrear impulsos. Ele aprendeu a antecipar ou retardar o fluxo das coisas de modo a cooptar o tempo como aliado dos seus desígnios e valores. Isto agora ou aquilo depois? Desfrutar o momento ou cuidar do amanhã? Ousar ou guardar-se? São perguntas das quais não se escapa. Mesmo que deixemos de fazê-las, agindo sob a hipnose do hábito ou em estado de “venturosa inconsciência”, elas serão respondidas por meio de nossas ações. Das decisões cotidianas ligadas a dieta, saúde e finanças, às escolhas profissionais, afetivas e religiosas de longo alcance, as trocas no tempo pontuam a nossa trajetória pelo mundo.(...)
As trocas no tempo são uma via de mão dupla. A posição credora – pagar agora, viver depois – é aquela em que abrimos mão de algo no presente em prol de algo esperado no futuro. O custo precede o benefício. No outro sentido, temos a posição devedora – viver agora, pagar depois. São todas as situações em que valores ou benefícios usufruídos mais cedo acarretam algum tipo de ônus ou custo a ser pago mais à frente.
Não importa qual seja a sua feição concreta em cada caso específico, essas duas modalidades de troca envolvem uma comparação entre valores presentes e futuros, ou seja, o valor daquilo que se paga (ou usufrui agora), de um lado, e o valor daquilo que se espera alcançar (ou deverá ser pago) mais adiante, de outro. O termo de troca entre esses dois valores separados no tempo define a essência dos juros. O fenômeno dos juros é, portanto, inerente a toda e qualquer forma de troca intertemporal. Os juros são o prêmio da espera na ponta credora – os ganhos decorrentes da transferência ou cessão temporária de valores do presente para o futuro; e são o preço da impaciência na ponta devoradora – o custo de antecipar ou importar valores do futuro para o presente." (Eduardo Giannetti, O valor do amanhã, p. 9.)

Um sonho sonhado há muito tempo: Você dormia tranquilamente no meu sonho e de repente acordou. Sem sequer pensar me deu um beijo, como se fosse eu quem estivesse dormindo ali e você me despertasse. Com você acordada no meu sonho, eu disse: eu te amo.
Não me lembro quando nem como, mas me vem uma vaga ideia de que seja a época de id! Aquilo foi feroz pro meu combalido coração! rs
Nessa semana vi dois jogos da Champions League: Manchester United 3 x 0 Olympiacos, boa parte de Chelsea 2 x 0 Galatasaray. O time do Chelsea é bom! Semana passada vi um pouco do Barcelona também! O nível da liga dos campeões é de outro mundo se comparado à Libertadores e a esse futebolzinho que os times brasileiros de forma geral vem jogando. Avante Palestra! Nesse domingo ganharemos do Santos! 
A vida segue nuns dias sem cor, as noites tem sido boas: boas leituras, bons seriados... Sair com o pessoal do banco é que tem sido chato, nem a cerveja tem transformado as companhias, nem me transformado num ouvinte interessado. rs Mas ficou bem raro. Não tenho saído tanto. O casal andrelandense T e A também já está desgastado, digo isso em relação dupla, pois eles também devem estar enjoados de nos ver. Mesmos assuntos batidos, grande dificuldade de entabular conversas abstratas e mais prazerosas, etc... Vida que segue.

Abstrair o aqui-e-agora significa habitar em pensamento o que não é: interiorizar-se. Do mais caprichoso e rarefeito devaneio juvenil à mais austera dedução matemática, todo o universo da interioridade subjetiva pressupõe um recuo do império dos sentidos e uma suspensão da imediatidade do instinto. O ser humano como nota Paul Valéry, torna-se desse modo herdeiro e refém do tempo – “o animal cuja principal morada está no passado ou no futuro”. Um ser que age, na maior parte das vezes, sem nenhum alvo ou motivo concretamente visível, “como se estivesse mirando outro mundo, como se estivesse respondendo à influência de coisas invisíveis e de seres ocultos”. Um animal, em suma, que “sente continuamente necessidade daquilo que não existe”. (Eduardo Giannetti, O valor do amanhã, p. 83.)

domingo, 16 de março de 2014

Perdido e pobre, mas ditoso

  E o sol que chama lá fora? É a liberdade acenando e sorrindo: venha ser feliz! É o canto da seria?! Where is my mind?!
 http://www.youtube.com/watch?v=50QE_SN66qY#aid=P6QymzVdD1A
  Eu quase larguei tudo nas ferias ou eu quase fui atrás de tudo que eu queria? No fundo nao fazia diferença, como até agora nao fez. Em qualquer escolha que eu fizesse, eu me arrependeria. Então me mantive firme na indecisão, tal qual o famoso prego no angu. Não parti, nem fiquei. Continuo zumbi. 
  Volto a assistir Walking Dead em breve, pois terminei Lost. (estou sempre lost! rs) O final não me agradou muito não. Mas a série como um todo valeu a pena. Instigante e interessante, valeu o caminho e não o ponto de chegada, como sempre! rs Será que poupando será assim também? É chegada a hora de gastar com cervejas especiais, roupas de marca, aperelhos eletrônicos modernos? Ainda continuo no caminho da frugalidade, mas cada vez mais tentado a aproveitar o hoje, de preferencia sem o detrimento do amanhã.
  De lost alguns episódios foram sensacionais, como o The Constant (S4E5).  Um site legal: http://dudewearelost.blogspot.com.br/ E esse com os livros citados: http://pt.lost.wikia.com/wiki/Livros qual será que comprarei primeiro? Estou bem interessado no Watership Down. Mas tem varios que estou querendo no momento: mais do Giannette, do Constantino, Borges, etc... Ler está sendo cada vez um prazer maior. Quanta bobagem escrevo perto das coisas tão legais que leio. Ah, tem as ideias de roteiros! Segura aí (rs): Hoje pensei no cara que dá um golpe na mulher, sumindo com toda a grana que ela tinha. A conta era só dela, então o banco tem que indenizá-la, já que ele nao podia ter acesso a nada. Ela recupera o dinheiro e depois de um tempo, pra nao levantar suspeitas se encotra com ele. Foi tudo uma bela e intrincada armação. O outro é do segurança de carro forte que rouba um carro com alguns milhões! E tem o da viagem espacial estilo adão e eva, onde um grupo vai se reproduzindo por longas décadas enquanto a viagem é feita. Algumas gerações à frente e só um casal resta perdido no meio do espaço, até que prestes a morrerem, desiludidos e perdidos - pois nao queriam estar ali, a eterna insatisfação de estar vivo, num lugar que vc nao queria estar, obrigado a fazer coisas que seus antepassados fizeram - encontram um planeta: estranhamente azul! rs
  Eu nao ia escrever nada hoje, só vim aqui em casa (Pedro Ribeiro, 686) buscar o notebook que ontem deixei baixando a quadrilogia Resident Evil - o quinto e quiçá o sexto estao sendo downloadados na casa da rapha. Mas já que estou aqui nesse cemitério de ideias e fatos, por que não citar alguns trechos:

Nunca me deixei engambelar por essas baboseiras que nos impingem como fazendo parte da natureza humana. Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias por causa desse dogma babaca, que é tão arraigado que a pessoa, homem e, principalmente, mulher, que está ou é apaixonada por dois, ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenarado, não confessa o que sente nem às paredes, impõ-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéas. É o atraso, o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de lembrar, o limte é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses número são arbitrários, tirânicos e opressores. ... A superstição perniciosa generalizada é que é preciso deletar o anterior, para aceitar o novo. Que pobreza, que pobreza, que pobreza, que atraso! Se a memória aceita, se o perfil confere, se a senha foi dada, roda os dois programas ao mesmo tempo, roda os três, roda os vinte, porra! ... Pag. 151

Não. Minto. Minto. Aliás, mente-se sempre, mesmo quando não se tem nenhuma intenção. Mente-se, mente-se o tempo todo e, que me desculpem a filosofia barata, a vida é uma mentira impenitente, renitente e resistente, e o único problema filosófico de fato é o suicídio. Estou pernóstica hoje, mas não minto sobre isso, ao contrário de praticamente todo mundo. The world is but a stage, não é assim que está no Hamlet? The world is but a stage, e eu, que não me considero melhor do que ninguém ─ mentira, mentira, me considero, claro que me considero, vamos ser democratas mas não vamos achar que todo mundo é igualmente dotado, porque não é ─, estou desempenhando meu papel com um mínimo absoluto de veadagem psicanalítica, até porque considero Freud, além de mau-caráter, o gênio mais desperdiçado da História depois de Platão, aquele filho da puta, responsável pelo tascismo tecnocrata da República, babaca, devia ser castigado com uma encarnação perpétua como Ministro da Administração do Brasil. Babaca, eu não posso ler A República sem ficar com vontade de ir lá e esculhambar Sócrates, aquele veado sebento ─ isso era o que ele era, um veado sebento e burro, que não comeu Alcibíades, ora homem, creia, não comer Alcibíades, quem era ele para não comer Alcibíades, quando qualquer um de nós comeria? E que pentelho inominável, o que ele enche o saco do coitado daquele escravo no banquete deixa a pessoa nervosa só de pensar em conviver com ele, Bernard Shaw tinha razão mataram ele porque ninguém conseguia suportar sua presença encardidinha, perguntadeira, petulante e impertinente, devia ter mau hálito, Alcibíades precisa ser desagravado e viva Xantipa, grande mártir Xantipa. E, quanto a Freud, deixou essa herança desarvorada de falantes nebulosos e nervosos, que praticam seitas obscuras e dedicam as vidas à infelicidade palavrosa. Nunca provaram efetivamente nada e nunca geraram nada de aproveitável além de uns dois filmes de Woody Allen, mas estão aí para ficar, sempre estarão, como as cartomantes e videntes e conselheiros sentimentais. Ouvido de aluguel sempre teve um grande mercado, a Igreja tem sacadas geniais, vamos reconhecer, a confissão auricular foi uma delas. Freud não chegou a substituir isso, nunca será suficiente e, além do mais, não se pode perdoar o progenitor do maior acúmulo de asnices labirínticas jamais despejado sobre a Humanidade e de bichas francesas que não entendem o que elas próprias escrevem e de alemães que acham que, pelo fato de terem palavras para designar condições, atos e situações que os outros não têm, entendem mais dessas coisas, um perfeito non sequitur, nada a ver o cu com as calças, alemão só entende de alemão, Weltschmerz é a puta que pariu Goethe, com quem, aliás, eu simpatizo, era um fodelão e morreu um velho safado, como devem ser todos os velhos, em vez de engolirem calados os papéis que os mais jovens, não se contentando em ser mais jovens, lhes impõem. Pag. 141

E as pessoas lêem romances, biografias, confissões e memórias porque querem saber se as outras pessoas são como elas. Não somente por isso, mas muito por isso. Querem saber se aquilo de vergonhoso que sentem é também sentido por outros, querem olhar mesmo pelo buraco da fechadura e, quanto mais olham, mais precisam olhar, nunca estarão saciadas. Faz bem, é reconfortante. Porque eu tenho a convicção de que a maior parte das mulheres e homens é como eu e pensa que não, cada um pensa que é único em suas maluquices. Não é, não, somos todos iguais. Vai ter muita gente que vai ler isso e vai discordar e de novo estou com preguiça de argumentar. Largue este texto, então, não perca seu tempo. Não largou? Não largou, claro, chegou até aqui. Não é para largar. A intenção do buraco da fechadura é a primeira. A segunda é provocar tesão, quero que quem me ler fique com vontade de fazer sacanagem, pelo menos se masturbando. Se alguém lesse isto no avião e, por causa disso, entrasse numa sessão de sacanagem com o companheiro ao lado, seria uma realização, um accomplishment. Penso principalmente nas mulheres, gostaria que as mulheres, ao tempo em que se tornassem mais ousadas, se tornassem também mais abertas, mais compreensivas, deixassem de ser tão mulheres, por assim dizer. E gostaria de um mundo de sacanagem sem problemas, é dificílimo, mas não é impossível em certos casos. Quero que as mulheres fiquem excitadas, se identifiquem comigo, queiram me comer e comer todo mundo que nunca se permitiram saber que queriam comer, quero criar um clima de luxúria e sofreguidão. De noite, sozinha, isso acontece. às vezes por causa de um drinque, um baseado, uma música, uma foto, uma coisa qualquer que altere ou provoque a consciência. às vezes, aparentemente por nada. Mas todas as mulheres ─ todos os homens, mas agora quero falar de mulheres ─ já sentiram e sentem um momento em que são puramente sexo e pulsam sexo por todos os lados e ficam com medo de si mesmas e se descontrolam e compreendem tudo sobre sexo e querem tudo, é uma sensação avassaladora de absoluta sexualidade, um momento em que a sacanagem toma conta de tudo, e ela se sente fêmea, devassa, puta, ela faria tudo, tudo, ela quer foder, ela quer fazer tudo! Toda mulher que não dá a bunda sente vontade de também dar a bunda nessas horas, toda mulher que nunca deixou gozarem em sua boca sente vontade de chupar um pau até que ele esguiche forte em sua boca, toda mulher assim limitada sai desses limites nessas horas, finge que não tem problemas. Todas iguais. Eu quero excitar essas, quero provocar muitas trepadas, quero que maridos, namorados e pais assustados as proíbam de ler, quero que haja gente com vergonha de ler em público ou mesmo pedir na livraria, ah, como seria bom acompanhar tudo isso. E não estou fazendo nada demais, a não ser contar a verdade. É de fato inacreditável, se você for ver bem, que contar a verdade seja escandaloso, quase subversivo, o atraso, o atraso. Se todo mundo contasse, este depoimento seria apenas mais um entre milhões. Pag. 130

E nenhuma mulher sadia tem nojo de esperma, outra coisa que precisa ser bem esclarecida. Eu li não sei onde que alguns muçulmanos consideram ofensa suprema a mulher cuspir fora o esperma derramado em sua boca por seu homem. Eu concordo, é uma selvageria, um sinal de baixa extração, falta de formação, de classe, de cultura, de sofisticação. Cuspir o esperma só é admissível ou quando se quer insultar um homem ou quando se quer pô-lo em seu lugar: você pode ser bom para eu me distrair chupando seu pau, mas não é bom o suficiente para eu engolir sua seiva, me recuso a devorá-lo, não dou às suas células essa intimidade com as minhas. Pag. 99

Provavelmente nunca mais será ouvida a pergunta imortal que um amigo meu escutou, depois de enfrentar galhardamente a primeira com uma portuguesa belíssima, ele que antes estava até com medo de broxar. Ele me contou que, satisfeito e aliviadíssimo, estava fumando o tradicional cigarrinho "post coitum", quando ela olhou para ele e falou: "E ao cu, não me vais?". Fantástico, disse ele; emocionante. E fui-lhe ao cu, disse ele, que maravilha. Imagine aqui no Brasil, uma mulher fazer uma pergunta dessas, não faz.  43

Quanta mulher não comeu o homem que quis, apenas porque ele não podia recusar uma mulher? Uma mulher se tranca com um homem num quarto e diz que ele vai comer ela. Ele tem que comer, a não ser que ela seja o Corcunda de Nôtre Dame. Ate mesmo recusar uma mulher obedece a normas, porque é estabelecido o direito de ela se ofender, se a recusa for fora das normas. Por exemplo, "você é feia, e eu não vou lhe comer", não se diz uma coisa dessas a uma mulher. Para não fazer uma inimiga mortal, o recusador tem que ser artista. Já a mulher pode recusar perfeitamente e mesmo nos piores termos - "você nunca, tá?" -, as mulheres sabem do que estou falando, sou uma feminista esclarecida-progressista, sou um grande homem-fêmea. Pag. 67

  Trechos extraídos do grande livro de João Ubaldo Ribeiro, A casa dos budas ditosos. Deus sabe como eu ri, me excitei, pensei e me emocionei com esse livro! Falando nisso, reencontrei o Sívio K. da saudosa comunidade B & H nos becos da internet. Ele continua escrevendo de forma impagável sobre mulheres e investimentos em seu blog: http://vidaruimdepobre.blogspot.com.br/ Segue um belo trecho do post do balanço 2013 e metas pra 2014, quesito Sexo e Mulheres: 

Continuarei com minha estratégia de sair para lugares de baixo a baixo-médio sócio econômico que vem dando certo. Estou com graves dificuldades com mulheres bonitas, gatas, novas (16 a 21) e tops gostosas em que minha chance é nula nas minhas interações porém com as feias cheinhas, magras morenas medianas pobres, pobres medianas e medianas classe média-baixa estou tendo uma taxa de sucesso ou de poder de barganha que está me surpreendendo. Eu não notei isso mas minha idade já está ficando naquela idade de que chama a atenção das mulheres e meu biotipo apesar de feio tem apelo com certo nicho de mulheres. Esse trunfo eu vou continuar usando para garantir beijos na boca e treinos de cantadas, abordagens e sexo para tentar ir subindo rumo as tops.
A grande questão é que para eu poder subir ao nível das novinhas gatas gostosas e das tops panicats o fato de eu não ter carro (e carro bom), ter um corpo fraco fisicamente, não ter roupas fodonas e ter um rosto que necessita de várias melhorias me faz ter uma barreira difícil de bater apenas com a coragem que ando tendo e personalidade. Mas já é começo concordam?
A meta de mulheres comidas este ano de 2014 será de 16 (não importa putas ou civis).

Não sei se rio, choro, 
me solidarizo ou deploro.

  Sem dúvida um retrato de nosso tempo. De nossos valores. De como eu fui, de como talvez você ainda seja. Espero que não. Tenho que pensar nisso ainda. Lendo o valor do amanhã, o blog do pobretão e os artigos do instituto Mises, chegarei a alguma conclusão pra minha nada mole vida?

sexta-feira, 7 de março de 2014

O valor do ontem

    As férias acabaram em meados de novembro. Outubro: nada! E novembro: nada! Como o nada nadifica, analisemos tudo: O maior, melhor, pior, mais angustiante, prazeroso, renovador e intenso acontecimento ocorreu no fim das férias: o furacão Clit! Ele foi trazido para além das férias e foi me devorando por dentro. Questionei com mais força e fé tudo que já venho questionando. Momentos ótimos e perigosos, não deram em nada. Ou serviram pra eu ter certeza que morrerei na dúvida.
    Comecei a ver Lost ainda nas férias, lá em casa. Foi se arrastando e faltam uns três episódios pra vermos agora, já que a Raphaela começou a ver na quarta temporada. O começo é muito interessante, intrigante, promissor e bem feito. Tem episódios muito bons! Vamos ver o final, depois te conto.
    Teve a auto-biografia do Lobão: 50 anos a mil. Passagens muito divertidas, outras pesadas. Conheci mais um pouco da história do rock nacional e me identifiquei mais com o Lobão, este rapaz que cometeu um dos meus discos prediletos de todos os tempos da minha vida: A vida é doce! A leitura foi ótima, rápida e em certo sentido instigante: abusos e viva o hoje como se não houvesse amanhã.
    Em algum momento, seria janeiro ou fevereiro, vi na tv uma frase adorável: "por falta de interesse o amanhã foi cancelado"!
    Nada disso importa muito, pq eu devia estar brincando agora com o Tom, mas ele está na sala vendo TV! Meu pecado, minha culpa, minha salvação...
    Não fui trabalhar hoje. Estou com o olho esquerdo muito inchado! O médico acha q é sinusite. Vai saber... Hoje é, está sendo a primeira aula de direção da rapha pelas ruas de andrelandia. Daqui a pouco ela chega contando as novidades. Antonio, está cada vez mais adorável e sedutor. Me emociono sempre ao seu lado.
    Fui nomeado caixa-executivo! Que coisa! rs Trabalho um pouco mais, ganho 700 ou 800 pilas a mais. Continuo investindo dinheiro em ações. Preciso começar a investir tempo em outras coisas. O ano novo foi no Cultural, o gabriel tocou, o gustavo foi. Acho q foi legal. O mauro se aposentou! Grande perda. Grande pessoa, apreciador de cerveja e colega de trabalho. Pra mim faz falta, pro gerente e pro banco nao sei. A menina do caixa colocou próteses de silicone. Como ela voltou das ferias nessa quarta de cinzas, ainda nao vi direito. É estranho esse tipo de intervenção. Imagina, mexer assim com o corpo. Mas a estranheza deve passar rápido, o ser humano se adapta bem as coisas, nao é? Né não? Né não?! rs
    O carnaval foi em Diamantina com os parentes e amigos dos parentes do André. Povo caloroso e cordial. O carnaval de lá merece excessos de solteiros. Estar lá por conta da luxúria nessa época deve ser sublime para os sentidos!
    Terminei de ler As Esganadas do Jô. Descobri o Instituto Mises Brasil, que está assombrando minhas noites. Comecei a ler o maravilhoso Valor do Amanhã de Giannetti! A música está parada, os filmes também. Nos próximos posts vou me lembrando de mais coisas que deveriam ficar esquecidas.

Frase de La Rochefoucauld na pag. 93 do livro de Giannetti:

"A juventude é uma longa intoxicação: ela é a razão em estado febril"