Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013





"Entre nós não houve propriamente uma luta; fui logo liquidado; o que restou foi fuga, amargura, luto, luta interior."


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Escolhas não tem a ver com certezas



Escolhas não tem a ver com certezas! Lendo uma passagem de Ribamar me veio essa idéia (ou essa certeza?! rs).

Lembro-me de ter um problema sério com certezas. Debatia-me com escolhas, com as famigeradas e ininterruptas tomadas de decisões diuturnamente. Ainda me assolam, mas agora de forma diferente, ou quem está diferente sou eu. Talvez me esgueirado mais, fugindo de uma outra forma, aparentemente menos dolorosa e angustiante. Pelo menos na maioria delas, atualmente.
Esse tema foi recorrente com Sumaya, a analista. Esse tema já me revirou noites em vão. Ontem mesmo, parei pra pensar no que eu quero, em que decisão tomar em relação a minha vida e na forma como eu vivo. Não me vinha nada. Só fugas diferentes, pensamentos sobre pequenas coisas. Seriam essas pedaços que formariam a grande decisão? E a certeza? Palavra que nunca existiu no meu dicionário de bolso para uma vida errante.

Vamos ao estopim:

“Mais vale a impotência de uma incerteza que a fúria de um dogma. Ao menos, ela não o ferirá.” Brentano por José Castello.

E eu pensei num primeiro momento: Esse sou eu. É exatamente assim que vivo! Sem certeza de nada eu nunca erro, fico protegido da truculência incongruente dos dogmas. Feliz por ser assim, esperto, olhando altaneiro e risonho o rebanho que caminha certo de seu caminho re-pisado. Jamais ferido e humilhado pela dissolução retumbante de um dogma.

Mas será que a incerteza não fere? Não ter certeza pode ser sofrer calado e solitariamente. Numa dolorosa inquietação muda, a incerteza corrói cada dia um pedaço de mim. Um sofrimento sem dor seria uma angústia sem nome. Um corte que jamais cicatriza e que por isso não é ultrapassado. É viver estanque, parado ou andando sem rumo, andando em círculos e sofrendo, sofrendo... Tem dor pior que essa, a que te engana, a que te impede de se conhecer, de errar?


Não sei, nao tenho certeza! (rs) Talvez eu queira a doce alienação que te dá um sentido pra viver tranquilo, sem sobressaltos. Tenho visto isso de muitos, pessoas que conviviam comigo, uns mais próximos, outros menos. Eles acharam um caminho a seguir, não sei o nível de dogmatismo, mas certamente abandonaram muitas incertezas. Tudo isso será pura inveja? Será que eu não cresci e fiquei preso a um mundo torto de perguntas sem respostas? Ou eles que são as crianças medrosas agarradas ao pai que os protegerá e guiará rumo a um mundo gostosinho, sabor artificial imitação de baunilha? Não sei, ainda não tenho certeza...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Registrando



Precisava parar pra escrever tudo que tem me afetado, ainda vou fazer isso com calma, pois as ultimas coisas que tenho assistido e lido merecem. Triangle foi uma vertigem forte que se incorporou a mim. E walking dead tem me atordoado tb. Escolhas sao difíceis mesmo, nao só em meio ao apocalipse, mas todos os dias, nessa vidinha de sisifo que levo... 

Vai mais uma de Ribamar:
 
Sei que você sofreu com essa distância. Não entre mim e você, mãe, mas entre mim e eu mesmo. Como confiar em um filho que não confia em si? Como acompanhar um filho que se afasta de si? Não foi fácil. E você bem que lutou, não fugiu da luta como eu.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ultimos vistos:











Nectar do momento:

http://www.youtube.com/watch?v=-afeuGgoP7c

Disturbia - o homem sem passado



Parece que eu precisava fazer alguma entrega. Acorda e ficava ansioso pra voltar a dormir, eu tinha que dormir. Acho que carrregava algum pacote. Se levava mesmo comigo, o deixei no mundo dos sonhos. Tinha algum peso nas minhas costas, talvez o fardo do último dia, talvez dos últimos sete mil dias. Entregue ou não ao seu devido destinatário, ficou lá durante o sono profundo. Sempre deixo esses pesos por lá, pois acordo mais leve.
Não tenho um passado, só passado pelas coisas. Tenho deixado tudo pra trás, pois não me lembro de nada. Não fiz nada que perdurou, que eu traga comigo aqui. Não tenho nada de meu. Não deixo rastro, não há um caminho percorrido: a estrada se apaga quando meu pé dá o próximo passo. Tudo incompleto, não existem etapas, só um vazio. A direção sempre foi nunca ter direção. Quando o sempre e o nunca se encontram forma-se o grande zero. E é ele que eu carrego, o nada, e como é pesado...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

carnaval

Eis a beleza da disso tudo: A estrada infinita que seguimos nao leva a nada!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Walking Dead

18:17

Sigo na leitura de Ribamar de Jose Castello. Sigo me reconhecendo bastante ali. Percebendo, nos exageros do desencontro/afastamento de si, como a repetição mina a alma humana. E como as vezes é cansativa. Cansar de si é um alento rumo ao primeiro passo pra fora do buraco. Mas eu sou esse buraco, é tudo que fiz por mim, pra mim. O mal que aflige é o que forma quem sou e todas essas divagações circulares que me tomaram muitíssimo tempo e agora vejo muitas ali escritas. Talvez eu pudesse ter escrito isso antes do Castello, aliás, todos de alguma forma escrevemos isso por aí, de alguma forma sublimando. Cantando, correndo, comendo, musicando e rindo.

Agora: Novos Baianos - Quando você chegar

O mundo segue sua marcha indiferente. Assisti a primeira temporada de Walking Dead com a Rapha e a Luciana na semana passada. Adoro a devastação. Ambientes assim me causam um grande prazer, não sei se só estético ou o que. Vou formular isso melhor. Me lembro agora do Ensaio sobre a cegueira, livro e filme me comoveram profundamente. Lembro do Eu sou a lenda e de mais alguma coisa que nao lembro agora.
Estamos sozinhos o tempo todo. Lutando, desanimando, morrendo um pouco ou vivendo intensamente pelo amanhã incerto e assustador. Nos unimos com alguns por afinade, medo ou ódio e seguimos tonteantes pra lugar nenhum.

Jorge Mautner - Tá na cara

Esse fds fomos pra JF copiar milhares de filmes pro HD externo. Os pais do Gustavo não estavam em casa. Deu pra provar um pouquinho do uisque. O grupo do Gabriel está tocando cada vez melhor.
Não tenho acompanhado o Palmeiras, que em péssima fase, adormece num cantinho de meu coração alvi-verde. A tempo: jf continua um inferno luxiriante pra uma alma fraca e obsoleta...

Tenho pensado mais na morte. Ou na forma que vivo. No filho que ajudei a colocar nesse mundo. E na criação diária, na educaçao constante de uma alminha em formaçao. Não basta pensar, eu sei...

O carnaval se aproxima, quantos risos ele me reserva: preciso viver! Sou um pessimista ou otimista disfarçado?!