Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

domingo, 22 de julho de 2007

Dor da Salvação?

Cribcaged

So fuck the million dollar kitchen
Fuck the Al Pacino posters
Fuck the drugs, the gold, the strip poles
Fuck the homies, fuck the poses
Fuck the walls they build around them
Fuck the bedroom magic nonsense
I don't want to hear their voices
As long as they vote with their wallets

Successful people
Dressed up people
Smiling people
Famous people
Red carpet people
Wealthy people
Important people
But still just people

Messed up people
Shallow people
Stupid people
Plastic people
Meta people
Theta people
Therapyople
Entropiople

(do Pain of Salvation no CD Scarsick)


Ultrapassado

Segue enfim a vida,
segue enfim
sem cor, sem fascí­nio
vasta avenida de extermí­nio
Deve ser meu triplo aquecedor
(mais um buraco e eu encosto
e ligo pro rebocador)
Gente vem, gente vai
pensa bem (riso idiota)
Riso vai, riso vem
(pensa bem)...

(Do Mundo Livre S/A no CD Carnaval na obra)


Duas bandas constituintes. No fundo estão sempre falando das pessoas...
E sabe que eu gosto das pessoas. Mesmo assim ou justamente por isso? Vai saber...

sábado, 21 de julho de 2007

Pan x TAM

O esporte tem um poder. Exerce um fascínio, como a arte. Há aqueles que não sentem a arte dessa forma, então com o esporte é a mesma coisa. Eu estou quase dizendo que ele é transcendente também. Mas ultimamente tenho pensado que tudo na vida, dependendo da maneira como se olha, é transcendente. Talvez o ponto seja a sensibilidade, com ela olhamos um cachorro vomitar com um certo prazer e emoção. Outra história... Voltemos ao êxtase que o esporte pode causar. Pode ser catártico. Tenho me divertido, comovido e até me motivado frente à TV (é mole?).O panamericano está legal. Eu não devia ter parado de praticar, hoje podia estar lá... rs Será que tudo na vida é competição? Será que alguém sempre tem que perder? Será que o sabor da vitória tem sempre que ser tão efêmero, enquanto o da derrota tão duradouro? Questão de perspectiva novamente! Mas mudando o rumo, pois não vou chegar a lugar nenhum mesmo: No ritmo do Pan, foi impressionante como as notícias do acidente no aeroporto em São Paulo foram dadas. Parecia mais um recorde a ser quebrado. Foi logo anunciado como o maior acidente da história da aviação brasileira, medalha de ouro. Mesmo assim, os números não paravam de crescer. Um desastre, tragédia total mesmo. Mas é incrível como as coisas são transmitidas hoje (também não sei como eram ontem...). Mais de 100 mortos! 130 mortos! 180 mortos! Funesta analogia, eu sei. Mas o espetáculo está aí pra quem quiser enxergar, tanto no Pan com os seus exageradíssimos narradores, quanto nos jornais e plantões da morte e da audiência! No fundo, não dá pra acreditar em nada. Mas se aquela caixinha me prende, o poder mesmo está com ela. E eis que me liberto e volto pra angústia do “mundo interno”. No reino da subjetividade não tem verdade nem mentira. Nem ouro, nem prata. Nem morte, nem vida. É só um é, um rio, um pulso... Eterna construção! O lugar mais seguro é dentro de si mesmo. Mas como eu sou muito teimoso, gosto de dar umas voltinhas pra distrair. Diz trair... Trair... Taí!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Coffee and Tv

Acordei as 9:00, e depois de um café ligeiro, li dois longos capítulos do livro Como ler um livro. Engraçado não? Não não, é um bom livro, me ajudará muito no combate à ignorância. Almocei, ouvi Peeping Tom e Fantomas, depois me decepcionei com o DVD do Cradle of Filth. Esse tipo de som nunca me agradou mesmo, se ainda fosse umas músicas bem feitinhas, mas é muita pose e pouco som. Já aquelas duas bandas merecem todos os elogios. Mesmo porque possuem o gênio maligno Mike Patton por trás de seu som insano, minimalista e cativante.
Ficando isso pra trás, assisti a partir das 15:00, pela segunda vez o maravilhoso filme de Milos Forman, Amadeus. Incrível, arrebatador, muito bem conduzido. É uma história e tanto sobre um, esse sim, reconhecidamente gênio. Descobri mais uma coisa que quero ser quando crescer: simplesmente Mozart! Vendo o filme e ouvindo a beleza de suas composições até dá pra acreditar num deus altamente musical, que colocou um homem no mundo só pra lhe louvar, Ama a Deus (saca? – mãozinha... hehehehe). Realmente sua música não é daqui, dos céus quem sabe?! O filme é excelente, ganhou várias estatuetas. As atuações são brilhantes, principalmente a de F. Murray Abrahams que conseguiu o Oscar de melhor ator com seu complexo personagem Salieri. Um filme pra ver e rever, chorar a cada nota de Mozart, um sujeito vulgar com uma música nada vulgar. A natureza humana foi bem definida: grandeza, inveja, ira, luxúria. Olha só! Acho que tem os sete pecados capitais no filme e agora é que estou percebendo. Depois disso, foi a vez da minha luxúria!!! Como diz o amigo Zeca: “O melhor da vida é isso e ócio” ( ) Pode não parecer, mas aí dentro cabe tudo que eu e ela fizemos de 18:30 as 20:00. Amor é prosa, sexo é poesia!
A partir das 20:00 entrei na frente da TV e não saí mais. Vi o Recorte Cultural. Percebi que se realmente existe amor, além do próximo (bem próximo) e a mim mesmo, eu amo o Michel Mellamed. Não, ele não, o programa dele. Segundo minha recente teoria, aquela meia hora é típica filha do século XXI. É multi, pluri, poli! Retalhado, as informações se sucedem como cascatas desembocando num mesmo bueiro, no caso, nossas cabeças. Fragmentação é a palavra, entretanto, eu vejo concisão naquele caos. Mas passou, depois veio o jogo: Argentina e México, o futebol bem jogado é um balé vigoroso! Belíssimo de se ver. Nossos hermanos estão jogando muito! E teve a narração divertidíssima do Silvio Luiz.
Acabado o jogo, assisti ao Entrelinhas: teve uma ótima entrevista com o Tom Zé. Em seguida veio o Provocações com uma escritora gaúcha que recebia poemas escritos a mão pelo Mário Quintana. Depois foi o Turíbio contando histórias ótimas no Conexão Roberto Dávila, mostrando as diversas facetas da música. Depois, Roda Viva na Flip. Um escritor israelense: Oz. Muito espirituoso! E tinha o Marcelino Freire na mesa. Aí mudei pra um canal que não costuma pegar na minha casa: Rede Grobo. Foi a vez do Jô Soares mostrar sua incapacidade de conduzir uma entrevista decente! Tanta coisa legal pra falar e ele ficou insistindo no período em que o Wander Lee estava no exército, é mole? Aí depois disso tudo, chega, fui dormir, cheio de dinamite na cachola....

Escrito ao som de AC/DC, John Zorn e Rita (não Wander) Lee. E inspirado por um quarto de hotel.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Eu tô ficando cego pra poder guiar


E teve também o Elephant do diretor Gus Van Sant. É sobre o massacre em Columbine, gostei bastante, tem uma atmosfera de documentário, tentando ser imparcial. O filme ñ dá respostas, por que elas ñ existem. Pelo menos é isso q o diretor tenta mostrar durante o longa. Apesar dos estereótipos filmados, ñ dá pra apontar culpados, sejam individuaias, coletivos, sobrenaturais ou forças sociais. O problema é muito complexo, ñ tem facil resolução.
Todos sao vítimas, ou todos culpados? Sei ñ...

Quanto ao título: gosto das duas possibilidades, a primeira é a da parábola budista. Segundo ela, vários cegos tateiam diferentes partes de um elefante tentando descreve-lo. Obviamente, a conclusao a que chegam está muito longe da realidade. A segunda é a seguinte: há um elefante numa sala e ninguem se dá conta dele. Só percebem quando ele começa a fazer grandes estragos... Pensando no título, o filme adquire sentidos ainda mais fortes.

Falando da trilha, que maravilha as cenas ao som de Beethoven. Mas tb é covardia, comentei com o Zé q até se vc filmar um macaco manco, chupando picolé, desde q tenha a sonata ao luar do Thovinho ao fundo, fica maravilho. É uma musica incrível!

E por falar nisso, esqueci de dizer q nesse filme aí de baixo, Old Boy, a trilha é ótima tb! As cenas dolorosíssimas de tortura, sao excutadas ao som de Vivaldi. Até dói mais fundo!!!