Escravos do Mundo Livre

Esteta ou Asceta? Nada disso, no fundo: Divagações de um pateta...

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

humano demais

Comecei a pingar o colírio e a passar a pomada no Jacinto(rs). Agora o proximo passo é tomar os remedios que me farão viver melhor, me curar do criei, da maldiçao da humanide, etc: alprazolam e sertralina. Ouvindo muito essa pérola absoluta de nossa música maldita:

Estou na lona
Sou quase um ectoplasma
Prisioneiro da Zona Fantasma
Estou na lona
Sou quase um ectoplasma
Prisioneiro da Zona Fantasma

Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Onde os condenados sabem de tudo
Mas não podem interferir em nada, de nada


Mas que situação aflita
Ficar eternamente exposto
aos raios dessa Kriptonita
Mas que situação maldita
Ficar eternamente exposto
aos raios dessa Kriptonita

Fomos condenados, fomos banidos lá da Terra
Fomos tratados como bandidos e criminosos bestiais
Só porque somos humanos, demasiadamente humanos
Humanos, humanos demais
Ah, ah, ah, ah, ah, ah

Conselhos do Vini:
Segunda 17:53
tudo bem, cara?
Quarta 18:44
do mesmo jeito, um pouco mais angustiado do que de costume...
e vc, como está?
Notei mesmo.
Nao Lastime.
Se Reerga
A Vida as vezes nos dá essa lapada.
Quinta 20:52
é cíclico, acho q to melhorando. as cores estao voltando lentamente
Sexta 09:48
;a
Nao se pode é permitir mais Isto.
Este Ciclo, oscilação, que faz tão mal.
há 18 horas
Amigo, Não pode deixar essas coisas voltarem.
Mantenha se firme como Antonio. Olha o significado do nome dele e verá como é preciso manter mo nos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sad but True

Voltei ao trabalho hoje. O pessoal me tratou bem, normal, como era de se esperar. São boas pessoas, cada um com suas idiossincrasias, mas no geral aparentemente bem intensionados no ambiente laboral. Eu me senti estranho, um cansaso diferente, um vazio na maior parte do tempo. Aquela sensaçao triste e não a galhofeira que brincamos com a turma (zé, gu, samir, gabi, etc) do "quê que eu tô fazendo aqui". É só pelo dinheiro? É pelo $ e por um ou outro sorriso dos colegas, as brincadeiras que tornam o ambiente mais leve, e a eternamente presente conversa sobre o futebol, etc... Apesar disso, me sinto pesado, hoje estava tudo num ritmo lento e sem cor. Será que foi o pouco movimento do dia? Então tem que ter aquele movimento colossal e um atendimento constante pra trabalharmos como autômatos e não sentir nada, só cansaço? O segredo é não pensar, se auto-observar e refletir? Talvez volte tudo àquela normalidade menos dolorosa e eu continue juntando dinheiro, contando milhares de cédulas no caixa, atendendo sempre os mesmos clientes diariamente, fazendo as ligações pra vender, etc...
O que eu quero da vida? O que eu quero de mim? Como é ter uma família e fazer parte dela? Como é viver satisfeito com as coisas simples?

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Ontem era pra eu ter postado isso, da leitura do Book of the Spirits:

 147. Por que os anatomistas, os fisiologistas e, em geral, os que se aprofundam nas Ciências Naturais são freqüentemente levados ao materialismo?
 O fisiologista refere tudo ao que vê. Orgulho dos homens, que tudo crêem saber, não admitindo que alguma coisa possa ultrapassar o seu entendimento. Sua própria ciência os torna presunçosos. Pensam que a Natureza nada lhes pode ocultar.
 148. Não é estranho que o materialismo seja uma conseqüência de estudos que deveriam, ao contrário, mostrar ao homem a superioridade da inteligência que governa o mundo? Deve-se concluir que esses estudos são perigosos?
 Não é verdade que o materialismo seja uma conseqüência desses estudos. E o homem que deles tira uma falsa conseqüência, pois ele pode
abusar de tudo, mesmo das melhores coisas. O nada, aliás, os apavora mais do que eles se permitem aparentar, e os espíritos fortes são quase sempre mais fanfarrões do que valentes. A maior parte deles são materialistas porque não dispõem de nada para preencher o vazio. Diante desse abismo que se abre ante eles, mostrai-lhes uma tábua de salvação, e a ela se agarrarão ansiosamente.

Comentário de Kardec: Por uma aberração da inteligência, há pessoas que não vêem nos seres orgânicos nada mais que a ação da matéria, e a esta atribuem todos os nossos atos. Não vêem no corpo humano senão a máquina elétrica; não estudaram o mecanismo da vida senão no funcionamento dos órgãos; viram-na extinguir-se muitas vezes pela ruptura de um fio, e nada mais perceberam além desse fio; procuraram descobrir o que restava, e como não encontraram mais do que a matéria inerte, não viram a alma escapar-se e nem puderam pegá-la, concluíram que tudo estava nas propriedades da matéria, e que. portanto, após a morte, o pensamento se reduz ao nada. Triste conseqüência, se assim fosse, porque então o bem e o mal não teriam sentido; o homem estaria certo ao não pensar senão em si mesmo e ao colocar acima de tudo a satisfação dos prazeres materiais; os laços sociais estariam rompidos e os mais santos afetos destruídos para sempre. Felizmente, essas idéias estão longe de ser generalizadas; pode-se mesmo dizer que estão muito circunscritas, não constituindo mais do que opiniões individuais, porque em parte alguma foram erigidas em doutrina. Uma sociedade fundada sobre essa base traria em si mesma os germes da dissolução, e os membros se despedaçariam entre si, como animais ferozes.
 O homem tem instintivamente a convicção de que tudo não se acaba para ele com a vida; tem horror ao nada; é em vão que se obstina contra a idéia da vida futura, e quando chega o momento supremo, são poucos os que não perguntam o que deles vai ser, porque a idéia de deixar a vida para sempre tem qualquer coisa de pungente. Quem poderia, com efeito, encarar com indiferença uma separação absoluta e eterna de tudo o que ama? Quem poderia ver, sem terror, abrir-se à sua frente o imenso abismo do nada, pronto a tragar para sempre todas as nossas faculdades, todas as nossas esperanças, e ao mesmo tempo dizer: — Qual! Depois de mim, nada, nada, nada mais que o nada; tudo se apagará da memória dos que sobreviverem a mim; dentro em breve nenhum traço haverá de minha passagem pela terra; o bem mesmo que eu fiz será esquecido pêlos ingratos a quem servi; e nada para compensar tudo isso, nenhuma perspectiva, a não ser a do meu corpo devorado pelos vermes!
 Este quadro não tem qualquer coisa de horroroso e de glacial? A religião nos ensina que não pode ser assim, e a razão o confirma. Mas uma existência futura, vaga e indefinida, nada tem que satisfaça o nosso amor do positivo. E é isso que, para muitos, engendra a dúvida. Está certo que tenhamos uma alma; mas o que é a nossa alma? Tem ela uma forma, alguma aparência? É um ser limitado ou indefinido? Dizem alguns que é um sopro de Deus; outros, que é uma centelha; outros, uma  parte do Grande Todo, o princípio da vida e da inteligência. Mas o que é que tudo isso nos oferece? Que nos importa ter uma alma, se depois da morte ela se confunde com a imensidade, como as gotas d’água no oceano? A perda da nossa individualidade não é para nós o mesmo que o nada? Diz-se ainda que ela é imaterial. Mas uma coisa imaterial não pode ter proporções definidas, e para nós equivale ao nada. A religião nos ensina também que seremos felizes ou desgraçados, segundo o bem ou o mal que tenhamos feito. Mas qual é esse bem que nos espera no seio de Deus? E uma beatitude uma contemplação eterna, sem outra ocupação que a de cantar louvores ao Criador? As chamas do inferno são uma realidade ou apenas um símbolo? A própria Igreja as compreende nesse último sentido; mas. então, que sofrimentos são esses? Onde se encontra o lugar de suplício? Em uma palavra, o que se faz e o que se vê nesse mundo que nos espera a todos?

Nas páginas 108, 109 e 110 eu anotei: 

- Oculto aos sentidos/experiência/ciências
- As consequencias nefastas e catastróficas do materialismo
- Argumento do mais além...
- A vida só vale a pena e o bem só deve ser praticado se existir um além, deus, alma...
- O horror do fisicalismo

Se ainda tiver com o livro aí vc vai ver, tá escrito a lápis.

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Hoje chegou o Nós. Ainda preciso de clones pra dar conta dos livros que chegam e não são lidos, bem como de alguns pré-hostóricos que aguardam ansiosos pelos meus olhos. Outro clone pra ganhar dinheiro no mercado financeiro ou qualquer coisa que de uns trocados. Outro para se exercitar e dar paz a um corpo cansado do sedentarismo. Outro para jogar xadrez, tocar violão, namorar, brincar, sorrir, cozinhar, amar, viver, sofrer, morrer, viver, morrer... 
Continuo muito angustiado também com o dualismo, maniqueísmo político direita x esquerda, correntes mais socialistas ou mais liberalistas, patrão sedento x empregado explorado. Várias pessoas inteligentes defendem um ou outro lado com inúmeras razões, umas mais aguerridas outras nem tanto. Em que pólo me situo?
Domingo teve música de altíssima qualidade com Trio o Clock no Mariano Procópio e segunda com Quarteto Mantiqueira (é esse o nome?) no Brasador! Até algumas lágrimas chegaram mais perto dos meus olhos pra ouvir essa coisa chamada música.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

ontologia

Ontologia. Teoria do ser em geral, da essência do real. O termo "ontologia" aparece no vocabulário filosófico por vezes como sinônimo de metafísica. (1)
Ontologia - do grego onto mais logia significa parte da Filosofia que especula sobre "o ser enquanto ser". É o estudo do conhecimento do que são as coisas em si mesmas, enquanto substâncias no sentido cartesiano e leibniziano da palavra, por oposição ao estudo das aparências ou dos seus atributos. (2)
Ontologia. Ramo da filosofia que indaga o que realmente existe, enquanto distinto da natureza do nosso conhecimento sobre ele - essa natureza é investigada pelo ramo da epistemologia. Ontologia e epistemologia, conjuntamente, constituem a tradição central da filosofia. (3)
(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
(2) LALANDE, A. Vocabulário Técnico e Crítico de Filosofia. Tradução por Fátima Sá Correia et al. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
(3) VÁRIOS COLABORADORES. O Livro da Filosofia. Tradução de Rosemarie Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011.






Para ler:


Relendo o livro do Saulo esbarrei com isso hoje: 

E com a conquista da felicidade de Jonathan Haidt e de Bertrand Russell: